Fazer uma viagem de cruzeiro pode ser uma experiência inesquecível (para quem aprecia o estilo), que não só vale a pena documentar como partilhar em direto, como fazemos hoje com quase todos os momentos, dos mais importantes aos mais insignificantes. Mesmo quem não o faz, habituou-se a poder contar com essa possibilidade e valoriza o facto de estar ligado ao mundo a qualquer momento.

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Um estudo da Ookla analisou as comunicações em cruzeiros e concluiu que não há grande risco de ficar privado de comunicações com o resto do mundo durante um cruzeiro. A generalidade das empresas assegura serviços de internet através de pontos de acesso Wi-fi. Já a qualidade do serviço, que é como quem diz a velocidade e latência das ligações, por norma é fraca.

Analisando os dados de testes realizados através da plataforma Speedtest, a consultora não encontrou nenhuma ligação testada que tivesse como suporte Wi-Fi da geração mais recente (7). A maior parte usam Wi-Fi 5 e muitas Wi-Fi 4 (12,5%).

A evolução nas gerações do Wi-Fi tem acompanhado a evolução na capacidade das tecnologias de internet. Quando mais antigo o protocolo usado, menos o serviço tem condições para garantir uma internet estável e de alta velocidade.

A análise também aborda o tema dos preços, para concluir que borlas de internet em cruzeiros ainda não é uma prática comum. Quando há Wi-Fi gratuito, tem condições muito específicas de acesso/utilização. Os serviços prestados nos navios por norma são pagos e em muitos casos são caros.

Uma semana de internet a bordo pode ser mais cara que um mês de serviço de comunicações em terra, alerta o estudo. Há normalmente diferentes tipos de ofertas, entre pré-pago ou pós-pago; por dia ou por viagem; em pacotes que podem ser básicos, económicos ou premium.

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Um exemplo dado no estudo é o valor do pacote mais básico de uma das principais companhias de cruzeiros, com um custo diário de 18,70 dólares (cerca de 16 euros), mas o valor é meramente indicativo. Não houve uma análise exaustiva para este indicador na pesquisa. Na Europa, por exemplo, vários operadores anunciam planos com custos diários inferiores a 3 euros, é preciso depois estudar as condições associadas.

iPhone é mais comum entre viajantes de cruzeiros

O estudo verifica ainda que há mais utilizadores de iPhone a viajar em cruzeiros do que utilizadores de modelos com sistema operativo Android. Mais de 60% dos passageiros de cruzeiros têm um iPhone e só 25% usam smartphones Samsung Galaxy, com base em amostras do Speedtest. Outras marcas também surgem nos registos, mas com muito menos prevalência.

Os modelos mais usados pela maioria dos passageiros também não são os mais recentes. Ou seja, mesmo que os cruzeiros usassem pontos de acesso Wi-Fi da geração mais moderna, muitos utilizadores não conseguiam tirar partido disso. Por exemplo, o Samsung Galaxy S8+, o modelo que mais aparece nos testes, só suporta Wi-Fi 5. Também ainda não tem 5G.

O fornecedor de serviços de internet mais popular em navios de cruzeiro é a Starlink, que oferece serviços com boa largura de banda e latência. No entanto, os dados compilados a partir destes navios, normalmente mostram velocidades médias muito inferiores àquelas que as ligações com as mesmas tecnologias são capazes de fornecer a quem viaja num avião.

Essa degradação coloca as ligações em valores que muitas vezes não chegam para carregar vídeos ou imagens, mas os autores do estudo admitem que isso possa verificar-se por causa das amostras de dados serem maioritariamente referentes a horas de pico de utilização dos serviços.

Na modernização da conectividade a bordo, a Royal Caribbean é a que vai mais avançada e já surge com Wi-Fi 6 em metade (49,7%) das amostras de utilizadores do Speedtest neste padrão. As ligações com Wi-Fi 6 nestes testes mostram uma velocidade duas vezes mais rápida que as ligações suportadas por Wi-Fi 4. Na MSC e a Princess dominam o Wi-Fi 5 (76,1% e 72,0%), a versão intermédia da tecnologia.

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