A notícia é da Bloomberg e refere que a vice presidente e comissária da soberania tecnológica e segurança terá pedido aos Estados membros que "parem de usar fabricantes de alto risco nas redes móveis".

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Fontes próximas dizem que a comissária Henna Virkkunen quer transformar as recomendações da Toolbox do 5G, definida em 2020, num requisito legal, limitando a utilização de tecnologia chinesa de empresas como a Huawei ou a ZTE. 

A proposta iria forçar os Estados membros a alinharem as estratégias com as definições europeias, que até agora eram apenas recomendações. Quem não adotar estas novas regras pode enfrentar processos de infração e também penalizações financeiras. Alguns países, e também operadores de telecomunicações. já adotaram medidas para retirar equipamentos das marcas chinesas da sua rede. 

Segundo a informação partilhada, estas medidas podem aplicar-se não só às redes móveis mas também às redes de fibra óptica, sendo uma condição para a utilização de fundos no desenvolvimento das infraestruturas.

Numa declaração, a Comissão Europeia sublinhou que a segurança das redes é crucial para a economia. "“A Comissão insta os Estados-Membros que ainda não implementaram o conjunto de ferramentas para o 5G a adotarem também medidas relevantes para abordar os riscos de forma eficaz e célere. A falta de uma ação rápida expõe a UE no seu conjunto a um risco evidente”, declara a mesma fonte.

O executivo europeu está preocupado com a abordagem não linear dos países europeus à adoção da toolbox. A Suécia e o Reino Unido já baniram a Huawei e a ZTE mas outros continuaram a usar a tecnologia, como a Espanha e a Grécia. Em Portugal as operadora têm vindo a reduzir a utilização da tecnologia nas suas redes. 

Em abril, Agne Vaiciukeviciute, investigadora do Consumer Choice Center Europe, tinha publicado um artigo publicado The Brussels Times, onde faz duras críticas à falta de uma ação mais forte da Comissão Europeia nesta área, capaz de uniformizar as políticas de cada país nesta matéria e a pôr o foco das estratégias, mais na segurança dos utilizadores do que em prioridades económicas ou políticas, como acontece ainda hoje.

A comissária Henna Virkkunen está em Portugal para o Web Summit e visitou ontem o supercomputador Deucalion, instalado no campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho), em Guimarães. Hoje estará no palco central da cimeira que decorre em Lisboa para a sessão Europe’s tech sovereignty: Powering startups and innovation, às 16h40, e o TEK Notícias vai acompanhar tudo.

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