"Portugal a partir de hoje está live", afirma Valentin Popoviciu, diretor executivo em Portugal e Chief Strategy & Operating Officer da Digi Communications, na abertura da apresentação da DIGI Portugal que decorre em Lisboa. "Estamos a investir a longo prazo", sublinhou ainda, adiantando que a empresa já investiu mais de 400 milhões em Portugal, incluindo a compra da NOWO.

O diretor executivo sublinhou ainda a importância de Portugal, um mercado que a empresa está a trabalhar desde 2020, quando arrancou o leilão, e que se junta à Roménia, Espanha e Itália, e em breve a Bélgica. Os preços já foram divulgados mas o site só está disponível para subscrição amanhã.

A data de lançamento já estava marcada e permite à DIGI cumprir a obrigação de lançar serviços comerciais antes do final de novembro, como estava definido nas obrigações do Leilão 5G.  A empresa de origem romena entrou na lista de operadores portugueses  em 2021 quando ganhou uma das licenças 5G, tornando-se a quinta operadora com acesso a redes móveis a 30 de novembro de 2022, ainda com o nome DIXAROBIL, depois de um leilão conturbado e vem desafiar as operadoras já instaladas, num mercado que não assiste a um novo lançamento de uma operadora há mais de três décadas, quando foi criada a ZON, atualmente NOS.

Apresentando a posição da empresa nos vários mercados, Valentin Popoviciu destaca que os principais mercados são a Roménia e Espanha, mas diz que em Portugal a estratégia foi de avançar logo de início com rede fixa e móvel, enquanto na Itália só tem rede móvel. "Evoluímos para ser um challenger europeu na infraestrutura e comunicações eletrónicas", sublinha.

A empresa já investiu mais de 400 milhões de euros incluindo a aquisição da NOWO e conta com mais de 800 empregados, juntando "um forte know how e aproximação industrial para construir e montar as operações móveis e de fibra, para serviços sólidos". Isso permite construir "uma rede forte e resiliente para o futuro".

Digi
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O nosso princípio é a liberdade de escolha", afirma Valentin Popoviciu, alinhando os princípios da empresa para preços estáveis e transparentes e não baseados em promoções, mas disponíveis para todos os clientes.

"Somos um challenger, o último a entrar no mercado", destacou ainda, mas apontando vantagens de centralização no cliente, integração vertical e tecnologia de ponta.

Rede em desenvolvimento

Em Portugal a DIGI está a desenvolver a rede de fibra com rede local e está em expansão, com o foco nos clientes de consumo, com os serviços empresariais a chegarem numa segunda fase. A oferta é de 1 Gbps e inclui Wi-Fi 6 mas a DIGI já está a trabalhar nos 10 Gbps ainda para este ano, com suporte para Wi-Fi7.

Na rede móvel a empresa quer dar "quantidades generosas de tráfego de dados em 4G e 5G" e está a trabalhar no reforço de cobertura em locais exteriores e interiores. Para já tem cobertura de 93% da população em 2G e 4G, sendo que no 5G, segundo os números partilhados, já chega a 40% mas só nas áreas urbanas, contando com tecnologia da Nokia e da Ericsson na área de rádio.

O executivo voltou a queixar-se da dificuldade de instalar rede em alguns locais, nomeadamente no metro em Lisboa, uma situação que Valentin Popoviciu diz que não entende. "Não é positivo ter barreiras artificiais no mercado", sublinha, dizendo que há mais de um ano que a empresa está a tentar instalar sem sucesso.

Em relação ao serviço de TV, Emil Grecu, CEO da DIGI Portugal, diz que estão a trabalhar na oferta e que estará disponível já no lançamento, em conjunto com telefonia fixa. A empresa está a trabalhar no reforço dos serviços com o DIGI Storage, serviço de cloud, Mesh WiFi e aplicação de TV para equipamentos móveis.

Preços começam nos 5 euros para dados móveis ilimitados

Os preços começam nos 5 euros para quem tem três ou mais números e 7 euros para quem tem um só número, com dados móveis ilimitados e chamadas nacionais ilimitadas.

Há ainda outros tarifários para a rede móvel, com tráfego limitado, começando nos 50 GB e chamadas ilimitadas por 4 euros por mês e chegando a 200 GB por mês, com chamadas ilimitadas, por 9 euros por mês. Os dados são acumulados se não forem gastos no mês corrente.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação, última atualização 18h53