Há já 14 municípios do país a recorrer à videovigilância, que têm instaladas mais de 800 câmaras. Porto e Vila Nova de Gaia preparam-se para se juntar a este grupo, que deverá continuar a crescer. O Jornal de Notícias avança na edição desta quarta-feira que, se os vários pedidos em apreciação tiverem luz verde, o número de câmaras de vigilância instaladas nas ruas de diferentes cidades do país passa para 1076.

Entre as cidades que vão contribuir para aumentar o número de câmaras de vigilância instaladas nas ruas, como elemento adicional de vigilância e segurança do espaço público, está o Porto. A cidade anunciou recentemente a intenção de instalar 200 câmaras, num programa que vai começar com a instalação de 79 dispositivos.

Segundo o JN, também Vila Nova de Gaia aguarda por autorização para instalar 82 câmaras, que vão vigiar a zona ribeirinha, o Jardim do Morro e algumas ruas nas proximidades.

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Porto e Leiria querem reforçar a rede já montada, e já terão autorização para isso, e Vila Franca de Xira aguarda autorização para fazer o mesmo. A par destes projetos, a PSP, responsável pela gestão da maioria destes sistemas, está a preparar "cerca de uma dezena de propostas para a instalação de sistemas".

Ao jornal, a Polícia de Segurança Pública reconhece que esta é “uma ferramenta de grande importância para o incremento da eficácia policial", na “impossibilidade de garantir a presença de um polícia em cada arruamento a todos as horas".

O anúncio mais recente sobre este tema foi feito pela cidade do Porto, que prevê lançar o concurso para a compra das primeiras 79 câmaras num prazo máximo de cinco meses. Os dispositivos de videovigilância vão ser instalados em três zonas da cidade: entre o Marquês e a Ribeira; Pasteleira e no polo universitário da Asprela. O projeto tem um custo total previsto de quatro milhões de euros.

Em setembro o jornal Público também escreveu sobre este tema e na altura contabilizava 850 câmaras instaladas nas ruas, sublinhando que nos últimos anos houve um crescimento acelerado da utilização deste recurso pelas cidades, já que em 2013 estavam instaladas e autorizadas apenas 38 câmaras para o mesmo efeito. O artigo dava também conta que hoje as cidades mais vigiadas dos país são Lisboa e a Amadora.