A Associação de Operadores de Telecomunicações (APRITEL) partilhou os dados sobre os preços das comunicações em Portugal referentes a fevereiro, baseados na análise da EUROSTAT. A associação reforça a dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas, traduzindo-se na baixa de preços cobrados pelos operadores. “Estes dados são especialmente significativos numa altura em que o IHPC teve um aumento mensal de 0,5% e homólogo de 4,4%”.

Segundo a associação, o índice dos preços dos serviços de comunicações eletrónicas teve uma redução de 0,3%, sendo considerada a segunda maior descida de preços da União europeia.

Os serviços de bundle, que no final do terceiro trimestre de 2021 eram subscritos por 90 em cada 100 famílias portuguesas (segundo a Anacom), os preços baixaram 0,6% no mesmo período. Comparativamente ao resto da europa, houve um aumento de 0,5%. Portugal surge assim em primeiro lugar, seguindo-se a Grécia com uma redução de 0,4% e Malta com 0,2%. Do outro lado do espectro está a Polónia, com um aumento de 3,5%, a Bulgária com 3,2% e a França com 1,9%.

Veja na galeria os gráficos dos dados partilhados pela APRITEL

A APRITEL refere ainda que relativamente aos preços dos serviços de internet fixa, nos últimos 12 meses houve uma redução de 5,5% e mais uma vez Portugal surge no topo da tabela da variação média do IPHC. Segue-se a Bulgária com 5,2% de redução e a Grécia com 4,9%.

Salienta ainda que, apesar da redução dos preços, a taxa de cobertura das redes fixas de alta velocidade aumentou, atingindo em 2021 92%, num aumento de 3,1% que no ano anterior.

É também referido que os dados comparativos de evolução de preços suportados no IHPC (Índice harmonizado de preços no consumidor) do EUROSTAT não podem ser utilizados para comparar níveis de preços entre países, mas apenas a evolução dos mesmos. Este é, aliás, o ponto de discórdia com a Anacom, que continua a considerar Portugal como um dos países com o preço dos dados móveis mais elevados da Europa.