Com o objetivo de discutir as questões económicas relacionadas com as restrições de vendas à Huawei de tecnologia e produtos nos Estados Unidos, Donald Trump sentou-se com líderes da Google, Cisco, Intel, Qualcomm, Micron, Broadcom e Western Digital Corporation.

De acordo com o Business Insider, a Casa Branca explicou em comunicado que "os CEO expressaram um forte apoio às políticas do presidente”, nomeadamente no que diz respeito às restrições colocadas à Huawei. O governo informou, ainda, que os executivos “solicitaram decisões de licenciamento do Departamento de Comércio, e o presidente concordou".

Hoje o assessor económico da Casa Branca confirmou isso mesmo. De acordo com a Reuters, Larry Kudlow disse à Fox News que o único pedido dos executivos foi o acelerar do processo relativo às licenças especiais, assim que forem estabelecidos os parâmetros de segurança de venda.

Este encontro ocorre na mesma altura em que os EUA continuam a mudar a sua política em relação à Huawei. Em maio, o governo americano anunciou que a fabricante chinesa tinha sido colocada na "lista negra" do país e que, por isso, as empresas norte-americanas seriam proibidas de vender produtos, serviços e componentes à Huawei.

Num recuo claro, em junho, e à margem da cimeira do G20, Donald Trump optou por uma posição mais moderada e suspendeu por três meses o bloqueio à Huawei. Ainda assim, a empresa mantinha-se na “lista negra”.

Mais recentemente, o governo americano clarificou a sua posição, esclarecendo que a Huawei permanece nessa lista, mas vai poder continuar a comprar tecnologia e produtos nos Estados Unidos, mediante uma licença especial que deve ser implementada no final de julho.

Ainda assim, estas alterações das medidas de Trump não foram suficientes para impedir que a Huawei anunciasse que vai despedir 600 funcionários. A 15 de julho a notícia já tinha sido avançada pelo Wall Street Journal, que falava em centenas de despedimentos, mas agora já é conhecido o número exato.