Os três pilares do Plano de Acção para a Transição Digital estiveram no centro da entrevista que o secretário de Estado André de Aragão Azevedo deu hoje no Portugal Digital, onde reforçou o objetivo de Portugal se tornar um líder digital na Europa e no Mundo. Para o secretário de Estado, a pandemia funcionou como acelerador da transição digital.

Apesar de Portugal já partir de “um patamar muito interessante em termos de digitalização da sociedade e da economia”,  com a conjuntura e a pressão do confinamento as empresas e as pessoas adaptaram-se a uma nova realidade, e isso trouxe efeitos positivos e de aceleração.

“Houve uma maior noção da importância do digital desbloqueando muitas das resistências que tínhamos identificado”, explicou o secretário de Estado da Transição Digital. O teletrabalho, o uso das redes na interação social e a adesão das empresas com um esforço de investimento na digitalização foram apontados como sinais positivos.

”Plano de Recuperação e Resiliência permite pôr músculo financeiro por trás do Plano de Ação para a Transição Digital”
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André Aragão acredita que estas mudanças vieram para ficar e que vão permitir encurtar um processo de digitalização que já estava em curso, lembrando que não é possível estar num mundo cada vez mais digital sem que se dominem estas competências, sem que as empresas tenham introduzido nos seus modelos de negócios dinâmicas que estão ajustadas à exigência do mundo digital.

O desafio permanece, até porque a meta que foi estabelecida é ambiciosa, de tornar Portugal um líder digital na Europa e no Mundo, por isso “temos de andar mais rápido do que os outros países, as nossas empresas têm de se digitalizar mais depressa”, sublinha.

O Plano de Ação para a Transição Digital que foi apresentado em fevereiro foi desenhado com isso em mente, medida a medida, abordando os três pilares onde existem mais fragilidades na sociedade e na economia, como explicou ao SAPO TEK à margem da conferência, afirmando que há sinais positivos e encorajadores, como o facto de o plano de ação ter sido aprovado ao fim de 100 dias e a estrutura de missão ter sido criada no início de setembro.

Para o governante há perfeitamente condições de cumprir as metas ambiciosas a que se propôs o Plano de Ação. “Em menos de seis meses já estava na rua com tudo o que isso significa em termos de burocracia”, afirma, lembrando que com muito trabalho está tudo a correr conforme planeado.

“Não podemos dizer que é tudo um mar de rosas, mas de acordo com o planeado, e eu acredito mesmo no planeamento, tudo o que foram as etapas que delineamos com esforço estão a ser cumpridas”, defende, garantindo que acredita que “as 12 medidas emblemáticas podem estar, não totalmente porque algumas são plurianuais, na rua numa fase muito adiantada de maturação até final de 2021”, adiantou ao SAPO TEK.

O Portugal Digital Summit é a conferência anual da ACEPI e decorre entre 19 e 23 de outubro, este ani num formato inovador, totalmente online. Pode ser acompanhado em streaming no SAPO, parceiro tecnológico da iniciativa.

Veja a transmissão em direto do Portugal Digital Summit com o SAPO