Em entrevista no Portugal Digital Summit, Pedro Siza Vieira detalhou a aposta do Governo na Transição Digital, destacando ainda a forma como as empresas e os cidadãos de adaptaram nestes últimos meses às contingências da COVID-19. O ministro falava na conferência promovida pela ACEPI, e que decorre de 19 a 23 de outubro, este ano totalmente online.

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As medidas estruturais tinham sido elencadas em fevereiro com o Plano de Ação para a Transição Digital. “Com o Plano de Recuperação e Resiliência temos agora verbas mais do que suficientes para financiarmos todo esta plano”, afirma, indicando ainda que “o conjunto de medidas que identificámos na transição digital corresponde a 31% das verbas que temos disponíveis e subvenções no Plano de Recuperação nacional, cerca de 2.250 milhões de euros, com uma parte muito importante para a qualificação das empresas e uma parte muito significativa da nossa administração”, afirmou.

Portugal Digital Summit: A aceleração digital das empresas e da literacia dos cidadãos com a pandemia da COVID-19
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Segundo o ministro, “o Plano de Recuperação e Resiliência permite pôr músculo financeiro por trás do Plano de Ação para a Transição Digital e, por isso, acelerar o programa que tínhamos identificado”. Como exemplo referiu a ideia de acelerar o Indústria 4.0 e capacitar 20 mil empresas do tecido empresaria, financiando 350 projetos transformadores.

Estas medidas faziam parte do Plano de Ação para a Transição Digital, que foi apresentado em fevereiro, antes de se antecipar os efeitos da pandemia. Pedro Siza Vieira defende que a Escola, a Administração Pública, as Empresas e as pessoas são as prioridades, e que o potencial é imenso, apesar de partirmos de trás relativamente a um conjunto de outros países da União Europeia.

Como fatores positivos aponta o facto de que “temos a grande capacidade de adaptação e flexibilidade da população e das empresas portuguesas”, lembrando que as PME europeias são consideradas pela UE como as mais inovadoras em toda a União. “Com os recursos certos podemos acelerar isso, e acho que o vamos fazer inevitavelmente”, defende.

O Estudo da Economia Digital da ACEPI, hoje apresentado no âmbito do Portugal Digital Summit, mostra que há mais empresas com presença na internet, correspondendo já a 60% do tecido empresarial quando no ano anterior a percentagem era de 40%. Também os cidadãos estão a usar mais as plataformas e a fazer compras online.

O Portugal Digital Summit está a decorrer de 19 a 23 de outubro, este ano totalmente online, e o SAPO é parceiro tecnológico do evento.