
Os dados partilhados pela GfK Portugal indicam que à media que "à medida que as semanas foram passando, os portugueses adaptaram-se a esta realidade e os novos tempos trouxeram, sobretudo, novas necessidades". Com a mudança do ensino para um modelo de telescola, ou à distância, e o teletrabalho na maioria das empresas, verifica-se o crescimento da venda de bens tecnológicos, que na semana de 13 a 19 de abril cresceu 48,3% em Portugal.
A tendência é semelhante à da Europa, onde a GfK registou "um aumento significativo da venda de hardware e equipamento tecnológico" no período de confinamento, numa análise a 5 grandes mercados. Monitores, impressoras, notebooks e teclados são as categorias de produtos que mais cresceram, impulsionadas pela procura para teletrabalho e telescola.
Em Portugal são também as impressoras multifunções, computadores portáteis e tablets e os desktops que mais crescem. Os crescimentos são bastante significativos, com as impressoras a crescer mais 481%, enquanto os portáteis crescem 351% e os tablets 137%. A categoria dos desktops também cresce 118%.
"De recordar que algumas destas categorias tinham tido uma performance pouco significativa, no início do estado de emergência. Apenas a categoria das impressoras multifunções teve um aumento substancial de 231% nessa semana (16 a 22 de março)", lembra a GfK.
Rui Reis, gestor de produto da GfK, já tinha adiantado ao SAPO TEK que a terceira semana de confinamento começou a revelar bons indicadores da retoma total do mercado, com a redução da quebra de vendas e bons resultados nas áreas de Home Office, sobretudo impressoras multifuncionais e computadores portáteis, que subiram 163 e 76%, respetivamente.
Consumo online cresce menos
Com muitas lojas fechadas, as compras online têm ganho um maior destaque, mas relativamente à semana de 13 a 19 de abril os dados da GfK indicam que se verifica maior disponibilidade para compras em loja. "Apesar do consumo online ter aumentado significativamente face ao que era habitual, decresceu consideravelmente face ao período anterior, verificando-se uma maior disponibilidade para compras offline", refere.
Na Europa, entre 31 de março a 5 de abril as vendas online cresceram quase 100% nos cinco maiores mercados da Europa (Grã-Bretanha, Alemanha, França, Espanha e Itália). Mesmo assim o mercado geral ainda caiu 14% em valor.
"A análise da GfK mostra que as vendas online deveriam quadruplicar para compensar o fecho de lojas e, de facto, o consumo atual está muito longe desse valor. Em Itália, por exemplo, as vitórias no comércio eletrónico compensaram, apenas, cerca de 30% das perdas do retalho tradicional", refere o comunicado da empresa.
A forma como se sairá do isolamento social e como a normalidade será instalada é a grande questão. "isto exigirá mais tempo, como mostra o exemplo da China: mesmo 10 semanas após o primeiro período de isolamento total, as vendas das lojas físicas ainda estão significativamente atrás do que seria o 'antigo normal'", refere a GfK .
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação
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