A NVidia tinha já dado a conhecer que o processo de conclusão da aquisição da ARM por um valor de 40 mil milhões de dólares poderia demorar mais do que o esperado, detalhando atrasos no que toca a negociações com entidades reguladoras.

No Reino Unido, a gigante tecnológica tem vindo a enfrentar um extenso escrutínio antitrust, assim como um sério questionamento acerca de questões de segurança nacional e, agora, uma avaliação da Competition and Markets Authority (CMA), a autoridade da concorrência no Reino Unido, indica que a aquisição poderá prejudicar a concorrência, requerendo uma investigação mais aprofundada.

A CMA defende que, caso a aquisição proposta avance, o negócio poderá ser prejudicial para os rivais da NVidia ao restringir o acesso à propriedade intelectual da ARM. A autoridade afirma que a situação poderá “sufocar” a inovação em múltiplos mercados, incluindo em áreas como Data Centers, videojogos, IoT e condução autónoma. “Isto pode resultar em produtos mais caros ou de menor qualidade para negócios e consumidores”, enfatiza a CMA.

Escrutínio de reguladores poderá adiar a conclusão do negócio de compra da ARM pela NVidia
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Embora a NVidia tenha disponibilizado medidas para reduzir o impacto do negócio na concorrência, a CMA acredita que a proposta da empresa não aliviaria as preocupações apontadas. As conclusões da CMA serão agora avaliadas pelo Secretário de Estado do Departamento do Digital, Cultura, Media e Desporto, que decidirá se a investigação mais aprofundada avançará.

Recorde-se que, a SoftBank, que detém a ARM desde 2016, deu à NVidia um prazo até ao final de 2022 para completar o processo. Apesar das barreiras que a empresa necessita de ultrapassar, Jensen Huang, CEO da NVidia, mantém a esperança e afirma que será possível chegar ao fim da “saga” regulatória antes do período estabelecido pela SoftBank.