No ano passado, a alemã NFON abriu as portas do seu centro de investigação e desenvolvimento (I&D) no coração de Lisboa. Numa altura em que o fornecedor europeu de comunicações B2B de voz a partir da Cloud pretende reforçar a sua equipa em Portugal, Markus Krammer, Managing Director da NFON em Portugal, e Jan-Peter Koopmann, Chief Technology Officer (CTO) da NFON AG, deram a conhecer, numa press talk onde o SAPO TEK esteve presente, como é que a empresa pretende alcançar as metas a que se propõe.

Para a NFON, a escolha de Portugal como local do seu mais recente centro de I&D nearshore não foi por acaso. Os responsáveis da empresa, que descrevem Lisboa como o “Sillicon Valley” da Europa, explicam que estiveram a jogo vários elementos-chave: do ambiente regulatório à forte presença de talento na área das tecnologias no país, com trabalhadores qualificados e proficientes na língua inglesa, sem esquecer questões como o apoio por parte do governo, assim como algumas parecenças com a própria cultura alemã.

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Tal como detalha Markus Krammer, passar da ideia à ação não foi um processo fácil, tendo em conta o contexto pandémico. Porém, após vários meses de trabalho intenso, a NFON abriu as portas ao seu centro de I&D em Lisboa em dezembro do ano passado.

Já Jan-Peter Koopmann descreve a aposta em Lisboa como uma espécie de experiência que acabou por ter mais sucesso do que o esperado, algo que se traduz no crescente número de colaboradores que fazem parte da equipa do centro de I&D.

Atualmente, a NFON conta com 20 colaboradores em Portugal e as perspetivas para o futuro são de crescimento. A empresa tenciona duplicar o número de membros da equipa ainda neste ano e, em agosto, abriu um novo processo de recrutamento com vista a cumprir o objetivo.

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Entre os perfis pretendidos, o foco está nas engenharias, com destaque para vagas disponíveis para Front-end Engineers, Back-end Engineers, Quality Assurance Engineers e SIP/ Voice Engineers. Adicionalmente, a empresa está também a recrutar Sales & Marketing Operations Managers e Tech Recruiters.

Entre os seus planos está também o recrutamento de membros adicionais para projetos de maior “calibre” no futuro, explica o CTO da NFON. Jan-Peter Koopmann reconhece que aumentar o número de colaboradores num tão curto período de tempo é uma meta ambiciosa, mas acredita que, com o elevado número de trabalhadores qualificados e motivados que existem no país, será possível cumpri-la.

A base de talento tecnológico nacional é vasta, mas como é possível atraí-la e retê-la num espaço onde existem outros players da área, incluindo “unicórnios” como a TalkDesk? Markus Krammer dá a conhecer que a empresa pretende diferenciar-se não só através das condições que disponibiliza aos colaboradores, com um ambiente onde podem crescer profissionalmente e desenvolver soluções que tenham verdadeiramente impacto, mas também pelo seu tratamento.

Como realça Markus Krammer, é importante que os membros da equipa sintam que “não são apenas mais um número” entre outros tantos.

Em linha com o Managing Director da NFON em Portugal, Jan-Peter Koopmann reforça que “não basta oferecer [aos colaboradores] um salário competitivo”: é necessário disponibilizar todo um conjunto de condições de modo a que as equipas se mantenham motivadas e que consigam ter um equilíbrio estável entre a sua vida profissional e pessoal.

O responsável detalha que outro dos pontos a ter em conta é a criação de condições para que os colaboradores encontrem um propósito no seu trabalho e que consigam descobrir aquilo que realmente sentem interesse em fazer.

Experimentar, errar e aprender: tudo faz parte da cultura da NFON, realça Markus Krammer, sem esquecer uma forte ênfase na colaboração entre membros e em atividades que reforçam os laços e que ajudam a encontrar as áreas onde é necessário melhorar.

De olhos postos no futuro das soluções de voz a partir da Cloud

No que toca à implementação de mais centros de I&D na Europa, os responsáveis da NFON dão a conhecer que, a curto-prazo, não existem planos em concreto. Para já, a empresa sente-se satisfeita com experiência no Tech Hub lisboeta, e, embora não descarte a possibilidade de vir a abrir novos centros no futuro, esse tipo de decisão necessitaria de muita análise e planeamento.

Olhando para os planos de futuro dos seus serviços de comunicações de voz a partir da Cloud ao longo dos próximos quatro anos, Jan-Peter Koopmann indica que a NFON tenciona focar-se no desenvolvimento de soluções que passam a incluir videochamadas, um elemento visto pelo responsável como diferenciador.

Criar soluções mais intuitivas, centradas na experiência do utilizador, e trabalhar a nível de integração de outros serviços são também metas para a empresa alemã. A visão a longo prazo envolve um futuro onde será possível aceder às suas soluções independentemente do local onde os clientes estejam, seja nos escritórios, nos locais de trabalho remoto ou até mesmo “on the go”.

“Tudo isto vai dar-nos a oportunidade de chegar a uma base de clientes mais alargada”, em particular, a empresas de maior dimensão, enfatiza o CTO da NFON. Os responsáveis reconhecem que ainda há muito caminho a trilhar para que a empresa consiga alcançar este patamar. Jan-Peter Koopmann sublinha que não há uma fórmula certa para o sucesso e que o progresso tem de ser feito de forma faseada e estável.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com imagens do centro de I&D da NFON em Lisboa. (Última atualização: 09/09/2021)

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