A Netflix reportou os resultados do seu segundo trimestre fiscal aos acionistas, ficando aquém das expetativas dos lucros e do número de novos assinantes do serviço da plataforma de streaming. A empresa obteve 1,54 milhões de novos subscritores durante este período, naquele que é considerado o pior trimestre para a empresa. As receitas foram de 7,34 mil milhões de dólares. E se considerarmos o mesmo período do ano passado, a empresa tinha obtido mais de 10 milhões de novos assinantes.

A gigante do streaming está a enfrentar alguma pressão nas comparações do ano passado, pois durante as fases mais apertadas do confinamento houve maior procura de entretenimento. A acompanhar os números aos seus acionistas, a direção da Netflix confirmou estar nos primeiros passos da sua expansão no mercado dos videojogos. A empresa, que afirmou no passado que a concorrência não eram os restantes serviços Disney+ ou HBO, mas sim o Fortnite, ou seja, os videojogos na disputa do tempo frente aos televisores.

A empresa experimentou alguns conceitos, nomeadamente a experiência interativa de Black Mirror Bandersnatch, o qual os espetadores escolhiam a direção da história, moldando o seu final. Ou as adaptações da série Stranger Things. Além disso, a Netflix tem vindo a apostar em inúmeras adaptações de videojogos, como Resident Evil, The Witcher (apesar de se inspirar no livro, os fãs dos jogos potenciaram a série), Dota 2, League of Legends, Castlevania, entre outras.

Na carta escrita aos seus investidores a empresa afirma que “vemos o gaming como outra categoria de conteúdo, similar à nossa expansão para os filmes originais, animação e televisão sem guião. E por isso, quando começarem a surgir os videojogos, todos os seus clientes vão poder jogar sem custos adicionais na sua mensalidade. “Inicialmente, vamos primariamente focar-nos em jogos para equipamentos mobile”, salienta a empresa, acrescentando que depois de uma década a alimentar conteúdo original na sua programação, pensa que chegou o momento de aprender como os seus clientes dão valor aos videojogos.

Ainda não existem muitos detalhes sobre a estratégia da Netflix, se vai criar estúdios internos, contratar developers ou se vai subcontratar empresas externas para produzir em exclusivo para a plataforma. Recentemente foi encontrada uma funcionalidade de jogos apelidado de Shark, na sua app para iOS, ligado a imagens do DualSense da PlayStation 5 e ao jogo Ghost of Tsushima, que muitos têm ligado a uma parceria com a Sony.

Há uma semana, a Netflix contratou um veterano da indústria de gaming, Mike Verdu, que esteve na Electronic Arts, e mais recentemente no Facebook Gaming, atuando como vice-presidente para conteúdos de realidade aumentada e virtual, nomeadamente para os headset Oculus.

São muitas as pistas, agora falta o remate da Netflix para revelar como pensa distribuir os seus jogos. No caso dos jogos mobile, serão acessíveis nas lojas Google Play e Apps Store ou serão disponibilizados em streaming do seu serviço?

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