Portugal ocupa lugar de destaque no Índice de Desempenho do Investimento Direto Estrangeiro Greenfield. Na edição de 2025 deste relatório da fDi Intelligence, Portugal é o segundo país com melhor desempenho na Europa Ocidental, logo a seguir ao Mónaco. A nível global ocupa a 16.ª posição.

Na análise é destacado um aumento de 4,5% no investimento direto estrangeiro no país, com 186 novos projetos em desenvolvimento, face a 2024.

Destacados pela AICEP, os resultados da análise refletem a importância de sectores de alto desempenho, como as Tecnologias de Informação, energias renováveis e o turismo sustentável, para impulsionar o crescimento a longo prazo e a confiança dos investidores, defende a agência.

A  Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal aponta ainda o ambiente macroeconómico estável e infraestruturas logísticas e digitais avançadas do país, como cruciais para atingir esta posição, bem como as políticas públicas de apoio à inovação.

Clique nas imagens para ver com mais detalhe

No ranking europeu a terceira melhor posição vai para a Espanha. Além da boa posição na análise e de ambos terem atraído mais projetos de investimento estrangeiro em 2024 do que em 2023, os dois países ibéricos partilham uma ligeira diminuição na pontuação global da mais recente edição do índice. Essa diminuição deve-se ao facto de “as suas economias registaram um crescimento do PIB mais forte do que a zona euro no seu conjunto”, explica-se.

O primeiro lugar do top a nível global é dos Emirados Árabes Unidos, uma posição que a região já tinha ocupado no ano passado e que agora consolida.

Números de 2025 menos otimistas 

A classificação de investimento “greenfield” é atribuída a projetos que implicam a criação de uma infraestrutura de raiz num país, seja ela assegurada através de uma nova fábrica, novos escritórios, ou outros espaços que permitam realizar a atividade e criar novos empregos no país de destino desses investimentos.

Os dados do fDi têm em consideração o número de novos projetos atraídos por cada país em 2024, fazendo a comparação com o ano anterior. Dados divulgados pelo Banco de Portugal em maio revelavam, por seu lado, que o investimento direto estrangeiro em Portugal caiu 1.063 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, contra uma subida de 670 milhões de euros no ano passado.

A queda explica-se essencialmente pela redução da dívida de entidades residentes, perante empresas não residentes do mesmo grupo económico, justificava o banco central. Já o investimento no exterior, para o mesmo período, aumentou 1.321 milhões de euros.