De acordo com os investigadores, que publicaram as suas conclusões na revista científica International Journal of Information Management, as pessoas têm tendência a tornarem-se mais cautelosas quando estão no smartphone do que quando usam o computador.
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Ao demonstrarem maior cautela perante certas situações, estes utilizadores apresentam uma menor propensão para clicar em links ou mensagens potencialmente fraudulentas.
Para a primeira fase deste estudo, os investigadores recolheram dados anonimizados de empresas fornecedoras de routers para fins domésticos. Durante este período, a equipa analisou mais de 499 mil pedidos de URLs para verificar se eram seguros ou não.
Ao todo, 2,4% dos pedidos analisados eram potencialmente maliciosos. Ao averiguarem a origem destes pedidos por equipamento, os investigadores constataram que 80% tinham sido feitos através de computadores, com 20% a originar de smartphones.
Para confirmarem os resultados, a equipa conduziu testes em laboratório com 257 participantes, distribuídos aleatoriamente por dois grupos (um com acesso a PCs e outro a smartphones).
Inicialmente foi apenas pedido aos participantes que analisassem imagens nos seus respectivos equipamentos. No entanto, à medida que realizavam a tarefa, eram surpreendidos por um anúncio que pedia que clicassem num link, num ataque de phishing simulado.
Do total de participantes, quase 57% não clicaram no link e, deste conjunto, 64% estavam a usar smartphones e 36% tinham PCs. Alguns dos anúncios apresentados tinham claros indicadores de que se tratava de um esquema fraudulento, porém, noutros o risco não era tão óbvio.
Quando o anúncio de phishing demonstrava claros sinais de risco, os utilizadores de smartphones e PCs tinham tendência a evitá-lo em proporções semelhantes. Por outro lado, quando o risco era menos evidente, os utilizadores de computadores revelaram-se mais propensos a clicar nos links fraudulentos do que quem estava a usar um smartphone.
Em declarações ao The Wall Street Journal, Naama Ilany-Tzur, professora assistente na universidade de Carnegie Mellon e uma das autoras do estudo, explica que os resultados sugerem que os utilizadores de smartphones podem estar a evitar links maliciosos de forma quase automática.
Segundo a investigadora, quando estão no smartphone, as pessoas realizam frequentemente múltiplas tarefas em simultâneo ou, então, encontram-se em situações de baixa atenção.
A menor concentração pode levar a uma maior tendência para evitar comportamentos de risco. Por outras palavras, em vez de avaliarem cuidadosamente o risco de cada link que encontram, os utilizadores de smartphones podem optar por simplesmente não clicar em nada que pareça suspeito.
Mas Naama Ilany-Tzur realça que prestar menos atenção não é uma boa estratégia para evitar cair na “armadilha” do phishing. Como destaca a investigadora, os resultados mostram que há uma necessidade de tornar as respostas seguras a ameaças mais automáticas e instintivas.
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