A Austrália vai-se tornar num "laboratório" mundial para a regulação de redes sociais e a Snap (dona do Snapchat) quer mostrar que existe uma alternativa tecnológica à proibição total. A empresa anunciou o lançamento de uma ferramenta que permite aos utilizadores verificar a sua idade ligando a conta do Snapchat à sua instituição bancária.
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A tecnologia baseia-se no ConnectID, uma solução de identidade digital detida pela Australian Payments Plus. A grande vantagem deste sistema, segundo a Snap, é a privacidade, já que esta ferramenta não divulga qualquer tipo de dados financeiros, histórico de transações ou sequer a data de nascimento dos utilizadores. Em vez disso, o banco envia apenas um token digital com um carimbo temporal que confirma que o utilizador é maior de idade.
A Snap anunciou que, além da ligação bancária, os utilizadores terão a possibilidade de verificar a sua idade através de uma ferramenta de Singapura, o k-ID. Esta solução estima a idade por análise de fotografia (selfie) ou pela utilização de uma foto de um documento de identificação oficial.
Esta oferta de várias soluções surge como uma resposta direta à legislação proposta pelo Primeiro-Ministro Anthony Albanese, que pretende banir o acesso a redes sociais a menores de 16 anos. Com mais de 440 mil utilizadores entre os 13 e 15 anos, o Snapchat é a plataforma mais afetada, arriscando multas que poderão ascender aos 49.5 milhões de dólares australianos (aproximadamente 27.7 milhões de euros) caso falhe na fiscalização de idade dos seus utilizadores, avança a Reuters.
A Snap tem tentado distanciar-se do rótulo de "rede social", argumentando que o Snapchat é uma plataforma de mensagens e não uma rede social “tradicional”, visto não dispor de um feed algorítmico público, ou da aplicação de “likes”, como acontece em redes como o Instagram e TikTok.
Esta solução, via API de instituições bancárias, é vista como um meio-termo robusto, uma vez que quase todos os adultos têm conta bancária e acesso online à mesma, e estas instituições já cumprem todos os rigorosos protocolos de verificação de identidade (KYC). Se o modelo funcionar na Austrália, este poderá tornar-se em norma padrão para outros mercados, incluindo a União Europeia, onde o controlo de idade é cada vez mais exigido pelo Regulamento dos Serviços Digitais (DSA).
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