Se nas primeiras impressões referimos que a Oppo prometia elevar a fotografia a um novo patamar, agora, após semanas de uso intensivo, podemos dizer que a promessa foi cumprida. O Find X9 Pro não é apenas uma atualização incremental, é um dispositivo que corrige as hesitações do passado e se afirma com uma identidade muito própria, mesmo que isso traga um preço "proibitivo" para a maioria das carteiras.
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Ao tirar o Find X9 Pro da caixa, o formato do corpo e da moldura, assim como o acabamento mate da traseira transportou-nos imediatamente para o passado. Há algo na textura e na solidez desta construção que nos fez lembrar, com alguma saudade, o "velhinho" Xperia Z3 da Sony. E dizemos isto como forma de elogio, porque o toque é excelente, digno de um terminal premium, não atrai dedadas e confere uma segurança no manuseio que falta a certos topos de gama em vidro brilhante.
Clique nas imagens para ver o Oppo Find X9 Pro com mais detalhe
Apesar das dimensões generosas do painel, o terminal não parece excessivamente grande na mão, um "truque" de engenharia conseguido graças às molduras minúsculas do ecrã que maximizam a área útil. No entanto, não há como negar a física, é um dispositivo volumoso e pesado, algo que se torna notório (e por vezes incomodativo) no bolso das calças.
O ecrã, por sua vez, é irrepreensível. Rápido, fluido e com níveis de brilho que permitem fotografar e filmar sob luz solar direta sem qualquer dificuldade de visualização. É, sem dúvida, um dos melhores painéis que testámos este ano, e perfeito para tirar partido da interface remodelada do ColorOS 16, de que iremos falar mais à frente.
Desempenho, câmaras e bateria, uma verdadeira monstruosidade
Recorrendo ao novo Dimensity 9500 da MediaTek, este conta com um CPU de oito núcleos de 3 nm, composto por um núcleo C1-Ultra de 4.21 GHz, três núcleos de alto desempenho C1-Premium a 3.5 GHz e quatro núcleos C1-Pro de 2.7 GHz para impulsionar a eficiência energética do mesmo. Acompanhado pelo GPU G1-Ultra e NPU 990, este promete fortes melhorias face ao seu antecessor (Dimensity 9400), algo que registámos nos benchmark utilizados.
Clique para ver os resultados dos benchmarks que utilizámos com o Oppo Find X9 Pro
Os resultados foram sempre extraordinários, exceto no teste geral de desempenho do PCMark (Work 3.0), tendo a evolução sido quase nula face ao que registámos no Oppo Find X8 Pro. Onde o novo Find X9 Pro mais se destacou foi na autonomia, ao registar mais de 27 horas no teste de bateria, o que representa um aumento de 8 horas face ao modelo de 2024, que tinha uma bateria ligeiramente inferior a 6000 mAh.
Assim que recebemos, realizados todos os benchmarks, mas logo após o lançamento global, recebemos um novo firmware que corrigiu algumas falhas sentidas com o firmware original, como a impossibilidade de utilizar o teleconversor Hasselblad, mas também fez disparar o desempenho disparar nos benchmark. Curiosamente, esse incremento não alterou a autonomia, uma vez que repetimos todos os testes, mas este não resolveu a questão térmica.
Sim, infelizmente sentimos uma subida significativa da temperatura no painel traseiro, situação essa que era mais notória durante utilizações prolongadas das câmaras, especialmente na captação de vídeo em alta resolução, mas sem nunca impedir a utilização do equipamento. E, já que falamos em câmaras, ao contrário do Find X8 Pro que deixou um sabor "agridoce", o X9 Pro convenceu em toda a linha. A Oppo parece ter ouvido as críticas e afinado todos os sensores, embora no caso da câmara ultra grande angular o sensor seja o mesmo (Samsung Isocell JN5), assim como a abertura f/2.0 e os 15 mm de distância focal.
Porém, a qualidade das imagens captadas parece-me superior, sendo o foco mais consistente em toda a superfície do sensor, talvez fruto da intervenção do processamento de imagem proporcionado pelo Dimensity 9500. No caso do sensor principal, a Oppo substituiu o anterior Sony LYT-808 pelo novo LYT-828, que embora mantenha a resolução, vê a qualidade melhorar significativamente em termos de detalhe e ciência de cor mais natural, sem precisar de usar o modo Master (modo profissional de ajuste manual).
Mas a grande novidade é mesmo a câmaras da telefoto, que recorre ao popular sensor Samsung Isocell HP5 de 200 MP, escolha essa que é, na nossa opinião, muito acertada. Desta forma torna-se possível jogar com o recorte (crop) do sensor para combinar zoom ótico e digital para obter uma zoom ainda mais impactante, garantindo maior definição, alcance e estabilidade, como tornar imagens com zoom a 100x "utilizáveis".
Clique para ver algumas das fotografias captadas com o Oppo Find X9 Pro
Resta referir que tudo isto está assente numa base Android 16 personalizada com o sistema operativo ColorOS 16, exclusivo da Oppo. Para quem já está habituado ao ecossistema da Oppo, a evolução desta nova versão é muito bem-vinda, sendo a grande novidade a personalização profunda do mesmo, com as janelas e os ícones a serem totalmente personalizáveis, não só no visual como no seu formato. Isto permite criar uma interface única, ajustada ao gosto de cada um, dispensando a instalação de launchers de terceiros ou temas pesados. O sistema mantém-se intuitivo e tudo está onde devia estar.
No final de tudo isto, podemos afirmar que o novo Oppo Find X9 Pro revelou ser um dispositivo brilhante. O corpo é elegante e robusto, tem um excelente desempenho, uma autonomia extraordinária, e um conjunto de câmaras que finalmente faz justiça à parceria com a histórica Hasselblad. O elefante na sala é, naturalmente, o seu elevado preço de 1299 euros, algo que acaba por tornar "aceitável", tendo em conta o preço de equipamentos rivais. Felizmente, nesta fase inicial de comercialização, existem várias campanhas de lançamento, de retoma e de fidelização com as operadoras, que consegue mitigar o impacto financeiro. No fundo, é caro, mas o valor justifica-se por tudo o que oferece.
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