A Google poderá estar prestes a sentir novamente a mão pesada da Comissão Europeia que acusa a empresa liderada por Sundar Pichai de abusar da sua posição dominante no mercado dos sistemas operativos.

Margrethe Vestager, a comissária europeia para a área da concorrência deverá impôr, já no próximo mês de julho, uma multa que pode  chegar aos 11 mil milhões de dólares (9,3 mil milhões de euros), ou seja, 10% das receitas da empresa-mãe da Google, a Alphabet, avança o Financial Times.

Em 2016, Bruxelas acusou a Google de exigir que os fabricantes de telemóveis pré-instalassem o navegador da empresa nos dispositivos o que terá prejudicado não só a concorrência, mas também as opções de escolha dos consumidores.

"Um setor de internet móvel competitivo é cada vez mais importante para os consumidores e as empresas na Europa", terá dito Margrethe Vestager naquela altura, reforçando que o comportamento da Google “nega aos consumidores uma escolha mais ampla de aplicações e serviços móveis e impede a inovação por parte de outros players, violando as regras anti concorrenciais da UE."

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O Android é atualmente o sistema operativo móvel mais popular do mundo e tem mais de 80% de quota de mercado, movimentando mais de três quartos dos smartphones na União Europeia, pelo que esta coima poderá representar um golpe significativo na empresa de tecnologia norte-americana que negou qualquer irregularidade.

Em junho do ano passado, o executivo europeu já terá aplicado uma multa de 2,4 mil milhões de euros à Google por abuso de posição dominante nas pesquisas relacionadas com comparadores de preços. Existe ainda uma terceira investigação à Google a decorrer por suspeitas de abuso de posição no segmento dos motores de busca.

A Google não é a única gigante tecnológica a enfrentar o escrutínio de Vestager. Também a Apple, Amazon , Facebook e Qualcomm foram “vítimas” da comissária europeia para a concorrência.