A adoção da IA generativa em Portugal cresceu nos últimos dois anos, com sete em cada dez adultos a utilizarem já pelo menos uma ferramenta de IA generativa, revela a edição de 2025 do estudo Digital Consumer Trends 2025, versão para Portugal, da Deloitte. Na edição anterior da pesquisa, realizada em 2023, usavam ferramentas de IA generativa apenas 40% dos inquiridos.
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Nesta edição anterior do estudo, verificou-se também uma discrepância com algum significado entre homens e mulheres a usar a tecnologia, que nos últimos dois anos se esbateu.
As gerações mais jovens continuam a ser as que demonstram mais conhecimento e usam mais ferramentas de IA generativa. Entre a Geração Z, 85% já utilizaram uma ferramenta de IA gerativa; entre os boomers, apenas 44% já as utilizaram.
Sem surpresas, o ChatGPT é a ferramenta de IA mais popular, com 76% dos portugueses a indicarem que conhecem e três em cada cinco a usarem. O Gemini da Google e o Copilot da Microsoft surgem nas posições seguintes.
Para a maior parte das pessoas que usam estas ferramentas, a periodicidade é semanal (37%), mas 13% já usam diariamente. A maior parte fazem um uso pessoal do ChatGPT e companhia (51%), mas cerca de um terço também tiram partido da tecnologia para trabalhar ou estudar. Quem usa por questões profissionais, recorre essencialmente a ferramentas gratuitas (69%) e só 26% admitem que são encorajados pelas empresas onde trabalham a usar esse tipo de ferramentas.
Procurar informação, ajudar a gerar novas ideias, ou a criar conteúdos escritos e resumir textos, são as utilizações mais populares da IA generativa em Portugal. Outra conclusão interessante da pesquisa é que a maior parte das pessoas não gostam de encontrar assistentes de IA nos serviços de apoio ao cliente, embora seja cada vez mais difícil não encontrar. Cinquenta e cinco por cento dos inquiridos dizem mesmo que pensam duas vezes antes de recorrer a um serviço destes, se souberem que vão ser atendidos por IA.
SmartTV a crescer, subscrições pagas mais ponderadas
O estudo também olha para a evolução na adoção de dispositivos digitais em Portugal, para concluir que está relativamente estagnada desde 2022. A taxa mais elevada é a dos telemóveis, usados por 95% da população. Os serviços de SmartTV tiveram o crescimento mais expressivo neste período. Chegam agora (ou em breve) a 64% da população, uma vez que a pergunta da pesquisa refere-se a dispositivos que o utilizador já tem ou está pronto para usar. Tecnologias emergentes como headsets de realidade virtual foram apontados por 6% dos inquiridos.
Nos telemóveis lidera a Samsung em Portugal (33%), segue-se a Apple, e a Xiaomi fecha o Top 3, com uma quota de 25%, quase igual à da Apple que tem 26% e que atrai principalmente a faixa etária entre os 18 e os 29 anos.
O estudo mostra ainda que em Portugal, como no resto do mundo, o ciclo de renovação de equipamentos eletrónicos tem vindo a ser alargado e que mais de um quarto dos portugueses não têm planos para novas compras no próximo ano. Outros 23% discordam e planeiam comprar um smartphone novo.
Nos serviços pagos de televisão, a Netflix continua a manter vantagem com dois em cada cinco consumidores a usarem a plataforma. É de 62% a quota de famílias que mantêm uma subscrição deste tipo ou mais do que uma. Ainda assim, no último ano 15% dos portugueses cancelaram subscrições deste tipo, por usarem pouco ou acharem caro.
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