A Polícia Judiciária, em colaboração com o Ministério Público de Faro e a Interpol, desencadeou a operação “Vera Cruz II” para desmantelar um grupo criminoso dedicado ao phishing bancário. Foram cumpridos 11 mandatos de busca da sua estrutura a nível nacional, resultando na detenção de quatro homens e três mulheres e na constituição de outros cinco arguidos.

Os elementos pertencentes ao grupo criminoso organizado são suspeitos da prática de crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo, branqueamento de capitais e associação criminosa. A PJ estima que desde 2021, o grupo tenha lesado diversos cidadãos em Portugal, no valor superior a 1,5 milhões de euros.

Os suspeitos terão usado diferentes técnicas de phishing, tais como o smishing e vishing. O crime começa quando os clientes das instituições bancárias são induzidas a aceder a páginas falsas que foram criadas para este propósito. Estas são enganadas, levando-as a entregar as suas credenciais e outras informações vitais de acesso às suas contas, que são depois acedidas de forma ilegítima pelos hackers.

Segundo o comunicado da PJ, as vítimas eram depois contactadas por uma chamada de voz, por um indivíduo que se fazia passar pelo serviço de segurança da entidade bancária, com o propósito de validar as transferências bancárias ilícitas que eram realizadas.

Tudo indica estarmos perante um tipo de criminalidade organizada e estruturada, constituída por vários indivíduos que desempenham diversas funções bem definidas, com a finalidade de se apropriarem, ilicitamente, do património financeiro das vítimas”, refere a PJ em comunicado.

Durante as buscas, os agentes da PJ apreenderam diversos equipamentos informáticos que foram usados na prática dos crimes, avaliados acima dos 30 mil euros. Foram ainda apreendidas diversas contas bancárias com um saldo superior a 200 mil euros. Os detidos foram apresentados às autoridades judiciárias para aplicação das medidas de coação.