Todos os dias, milhares de pessoas usam o ChatGPT para encontrarem respostas a perguntas complexas, mas também para conselhos sobre como proteger a privacidade online e reforçar a segurança das suas vidas digitais.

Embora algumas perguntas sejam sérias, outras são mais estranhas, mas, como avança Marijus Briedis, CTO da NordVPN citado em comunicado, “todas revelam uma realidade preocupante: muitas pessoas ainda entendem mal a cibersegurança”. A falta de conhecimento deixa-as expostas a fraudes, casos de roubo de identidade e esquemas de engenharia social.

Proteger informações pessoais, reforçar a segurança das contas online e manter as comunicações privadas são as três principais áreas com que os utilizadores se preocupam e que se refletem no Top 5 de perguntas mais comuns.

Quais são as perguntas mais comuns?

  • Como posso reconhecer e evitar golpes de phishing?
  • É seguro usar Wi-Fi público em cafés ou aeroportos?
  • Usar uma VPN é realmente seguro e como posso escolher a mais adequada?
  • Quais são os sinais de que o meu telemóvel está a ser espiado?
  • Como posso saber se fui vítima de um ciberataque?

Os especialistas depararam-se também com perguntas, no mínimo, bizarras. Embora até possam parecer engraçadas, estas questões revelam a falta de conhecimento que muitos utilizadores ainda têm em relação à cibersegurança.

Quais são as perguntas mais bizarras?

  • Os hackers podem roubar os meus pensamentos através do meu smartphone?
  • Se eu apagar um vírus com a tecla delete, o meu computador fica em segurança?
  • A minha torradeira inteligente pode juntar-se a um botnet e atacar-me?
  • Se eu sussurrar a minha palavra-passe enquanto escrevo, os hackers ainda podem ouvi-la?
  • Podem hackear o meu telemóvel se o carregar durante uma tempestade?

Entre os dados mais comuns que os utilizadores acabam por partilhar inadvertidamente estão, por exemplo, nomes completos, endereços de email ou números de telemóvel, especialmente quando pedem ajuda com emails ou recuperação da conta.

A propósito de ajuda para recuperação de uma conta, divulgar nomes de utilizador, palavras-passe ou até códigos de autenticação de dois fatores é outra das práticas que se destaca pela negativa.

Os utilizadores também costumam partilhar a sua cidade, morada ou coordenadas de GPS quando procuram recomendações locais ou soluções para problemas.

Quando precisam de ajuda para resolver problemas nas redes sociais, é comum colarem as ligações para os seus perfis ou os nomes de utilizador.

Há também quem partilhe dados confidenciais, como números de contas bancárias, informação de cartões de crédito ou capturas de ecrã de pagamentos, quando procuram ajuda com pagamentos online.

Os investigadores da NordVPN recomendam cautela no que respeita à partilha de informação pessoal com o ChatGPT. “O que parece uma pergunta inofensiva pode rapidamente transformar-se numa ameaça real", alerta Marijus Briedis.

"Os burlões podem explorar as informações que os utilizadores partilham, seja um endereço de email, credenciais de início de sessão ou dados de pagamento, para lançar ataques de phishing, roubar contas ou cometer fraudes financeiras. Um simples chat pode acabar por comprometer toda a sua identidade digital”, realça.