A Pew Research Center publicou um estudo sobre a relação da inteligência artificial e as pessoas, num inquérito realizado em 25 países. A maioria dos inquiridos afirma que, pelo menos, já ouviu falar ou leu sobre a tecnologia. No entanto, num balanço geral, as pessoas estão mais preocupadas do que propriamente excitadas sobre o crescimento da presença da IA nas suas vidas.

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Em média, 34% dos adultos nos países estudados ouviram ou leram sobre a IA, 47% sabem pouco sobre esta tecnologia e 14% dizem que nunca ouviram falar da mesma. Na média dos inquiridos, 34% dizem que estão mais preocupados do que excitados sobre o aumento do uso de IA, enquanto que 42% está igualmente preocupado e excitado. Apenas uma média de 16% está mais excitadas do que preocupada.

Nos países onde surgem mais preocupações encontram-se os Estados Unidos, Itália, Austrália, Brasil e Grécia, onde metade dos adultos estão mais preocupados. Apenas 16% na Coreia do Sul diz estar preocupada com a perspetiva da IA nas suas vidas. Ainda assim, no geral, nenhum país sondado revela mais que três em 10 pessoas que dizem estar maioritariamente excitadas.

Existe também uma forte ligação entre a riqueza do país, medido pelo PIB, e o conhecimento da existência de IA. As pessoas dos países mais ricos tendem a ouvir falar mais sobre a tecnologia do que as economias menos abastadas. Como exemplo, cerca de metade dos adultos de países como o Japão, Alemanha, França e Estados Unidos ouviram falar bastante da IA, enquanto que países como a Índia e Quénia, 14% e 12%, respetivamente, afirmam o mesmo.

Sobre a confiança que as pessoas têm no seu próprio país para regular a IA, a maioria diz que confia, como é o caso da Índia (89%), Indonésia (74%) e Israel (72%). Por outro lado, dos países que dizem não confiar, apenas 22% dos gregos reconhecem o esforço do país em fazê-lo. No caso dos Estados Unidos, existe uma clara divisão, com 44% a confiar o país a regular a IA e 47% que não confia. Também há uma relação entre aqueles que estão mais entusiasmados com a IA e a confiança depositada no seu país para regular.

Na Europa, é na Alemanha e Países Baixos onde existe maior confiança, enquanto França, Grécia, Itália e Polónia são menos otimistas. Entre os nove países da União Europeia sondados, uma média de 54% das pessoas confiam nos mecanismos de regulação.

Também os jovens adultos revelam maior conhecimento sobre a IA do que os mais velhos. Esta é também a faixa etária mais entusiasmada com o aumento da IA nas suas vidas, quando comparado com os mais velhos. Em Israel, por exemplo, 46% dos adultos abaixo dos 35 anos estão mais entusiasmados do que preocupados com a IA nas suas vidas, quando comparado com os 15% daqueles que têm idades acima dos 50 anos.

Em 18 dos 25 países sondados, os adultos mais velhos estão mais preocupados do que entusiasmados, em relação aos mais jovens, que pensam o contrário. Na questão do género, os homens ouviram falar mais na IA que as mulheres. Mas são elas as mais preocupadas com o aumento do uso da IA. Pessoas com maior nível de educação e que utilizam mais a internet também estão mais aptos a aceitar a tecnologia de IA.

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