Nos últimos meses, o interesse em VPNs tem disparado, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Ainda em junho, uma nova lei francesa exigiu aos sites pornográficos que implementassem medidas mais rígidas de verificação de idade, resultando numa “explosão” no número de novas assinaturas a serviços de VPN.

Mais recentemente, após a entrada em vigor do Online Safety Act no Reino Unido, o uso de VPNs afirmou-se como uma das opções mais populares para contornar as regras, que exigem medidas de verificação de idade tanto para sites de pornografia como para outras plataformas que podem abrir a porta a conteúdos prejudiciais para os mais novos.

Já nos Estados Unidos, dados do Google Trends mostram um interesse acrescido em VPNs desde o final de julho, à medida que vários estados começaram a implementar medidas de verificação de idade, avança o website Fast Company.

Embora as medidas como as que estão a ser aplicadas nestes países sejam concebidas para proteger as crianças, organizações como a Electronic Frontier Foundation (EFF) defendem que as regras colocam em risco a privacidade e a liberdade de expressão, além de exporem os adultos que verificam a sua idade, através de documentos de identificação ou de scans faciais, a possíveis roubos de dados ou de identidade.

Instalar uma VPN no smartphone pode ajudar a reforçar a segurança das ligações e a proteger os seus dados, mas há aspectos importantes que deve ter em conta, sobretudo quando se trata de serviços gratuitos que não estão associados a empresas conhecidas.

Explicador: O que é uma VPN e quais as vantagens da sua utilização?
Explicador: O que é uma VPN e quais as vantagens da sua utilização?
Ver artigo

Como explica Jamie Akhtar, CEO e cofundador da CyberSmart, em declarações ao Yahoo News UK, a maioria dos serviços gratuitos precisa de uma maneira de monetizar a sua oferta. “Se não está a pagar com dinheiro é provável que esteja a pagar com os seus dados”, alerta.

Jamie Akhtar realça que existem fornecedores de VPNs que não esclarecem as suas políticas de privacidade ou até quem é a empresa que realmente está por trás do serviço. Além disso, os cibercriminosos estão a aproveitar o crescente interesse em VPNs gratuitas para criar aplicações que parecem serviços legítimos, mas que escondem malware, indica o especialista.

Recentemente, o Tech Transparency Project (TTP) publicou um relatório que alerta para outro perigo associado a algumas VPNs gratuitas, detalhando que milhões de americanos descarregaram apps que estavam, na verdade, a encaminhar o tráfego de Internet através de empresas chinesas.

De acordo com o TTP, esta ameaça já tinha sido identificada em abril, mas seis semanas depois, as lojas digitais da Google e da Apple continuavam a disponibilizar apps de VPN gratuitas que, afinal, pertenciam a empresas sediadas na China.

Em declarações à Forbes, Simon Migliano, especialista do site Top10VPN, afirma que é melhor evitar por completo serviços de VPN de origem chinesa, sublinhando que  “os riscos são demasiado elevados” para mantê-las instaladas no smartphone. Na lista que se segue, encontra o conjunto de apps identificadas pelo TTP que deve evitar tanto na App Store como na Play Store.

VPNs a evitar na App Store da Apple

  • X-VPN - Super VPN & Best Proxy
  • Ostrich VPN - Proxy Master
  • VPN Proxy Master - Super VPN
  • Turbo VPN Private Browser
  • VPNIFY - Unlimited VPN
  • VPN Proxy OvpnSpider
  • WireVPN - Fast VPN & Proxy
  • Now VPN - Best VPN Proxy
  • Speedy Quark VPN - VPN Proxy
  • Best VPN Proxy AppVPN
  • HulaVPN - Best Fast Secure VPN,
  • Wirevpn - Secure & Fast VPN
  • Pearl VPN

VPNs a evitar na Play Store da Google

  • Turbo VPN - Secure VPN Proxy
  • VPN Proxy Master - Safer Vpn
  • X-VPN - Private Browser VPN
  • Speedy Quark VPN - VPN Master
  • Ostrich VPN - Proxy Unlimited
  • Snap VPN: Super Fast VPN Proxy
  • Signal Secure VPN - Robot VPN
  • VPN Proxy OvpnSpider
  • HulaVPN - Fast Secure VPN
  • VPN Proxy AppVPN