Por Pedro Araújo (*)
Um dos principais desafios que encontro regularmente nas organizações prende-se com o grande desafio de gerir, de forma eficaz, o processo de gestão de atualizações dos diferentes serviços. Este processo pode ir desde a base, o sistema operativo, até aplicações, equipamentos de rede ou equipamentos de segurança como firewalls ou sistemas de IDS.
Com a evolução dos Datacenters para um ambiente muitas vezes distribuído, onde coexistem infraestruturas locais, ambientes Cloud e soluções Multi-Cloud, estes desafios tornam-se ainda mais impactantes. Se é inegável que este novo paradigma permite às organizações maior flexibilidade, escalabilidade e resiliência, traz também desafios acrescidos de manutenção para organizações que não estejam totalmente preparadas.
A necessidade de efetuar atualizações de software regularmente prende-se com a implementação de uma nova versão, para corrigir ou adicionar funcionalidades, ou a instalação mensal ou pontual de atualizações que visam corrigir problemas urgentes ou mitigar vulnerabilidades de segurança entretanto identificadas.
Associado a esta necessidade recorrente de atualizações, surgem muitas organizações com dificuldades em manter, de forma eficaz, seja pelo esforço, seja pelo custo, todos os equipamentos em conformidade com as políticas de atualizações de segurança e de gestão do ciclo de vida das aplicações.
É neste contexto que vejo a modernização, automação e a inteligência (artificial ou de processos de decisão com variáveis fixas) a serem aplicadas e a trazer todo um novo diferencial entre manter um ambiente de forma eficaz ou ficar para trás com os problemas associados a riscos de segurança ou atrasos nas entradas em produção de novas versões de aplicações e/ou serviços.
Neste contexto, a gestão de atualizações de sistemas operativos e aplicações torna-se um dos grandes desafios para as equipas de IT. A diversidade de ambientes e a necessidade de manter todos os sistemas atualizados, protegidos contra vulnerabilidades conhecidas e zero-day, implica processos rigorosos e, preferencialmente, automatizados.
A execução manual de atualizações é cada vez mais impraticável, devido ao risco de falha humana, ao esforço que implica e à pressão para responder rapidamente a vulnerabilidades e ameaças emergentes. Assim, a transformação do Datacenter, assente na automação e na inteligência aplicada à gestão, é fundamental para garantir operações seguras, eficientes e preparadas para o futuro.
Para além da premissa base de automação inteligente há ainda um conjunto de funcionalidades base que uma solução deste género deve incorporar, como a visão 360 do nível de atualizações do Datacenter, a integração com as ferramentas de ITSM para tracking e aprovação dos processos automáticos de atualizações e o mecanismo inteligente de coordenação de implementação de atualizações que preparado para avaliar e tomar decisões baseadas em informação recolhida em tempo real.
Em suma, a modernização da gestão de atualizações nos Datacenters não é apenas uma resposta às exigências tecnológicas atuais, mas sim um passo estratégico essencial para a sustentabilidade e competitividade das organizações. Apostar em soluções automatizadas e inteligentes permite não só mitigar riscos e garantir a conformidade, mas também libertar as equipas de IT para tarefas de maior valor acrescentado, contribuindo para um ambiente mais seguro, ágil e preparado para os desafios do futuro.
(*) Datacenter Transformation Area Leader na Unipartner
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