As eleições dos Estados Unidos são apetecíveis para campanhas de ciberataques e de desinformação aos websites dos partidos e entidades governamentais, com o objetivo de causar confusão entre os eleitores. O relatório publicado pela Cloudflare revela que apesar dos riscos de possíveis ciberataques para interferirem no ato democrático das eleições, não registou nenhuma disrupção significante nas campanhas ou nos websites do governo local com esta origem. Mas isso não significa que não tenha havido ataques aos websites ligados às eleições, pelo contrário.
Entre as 24 horas do dia 31 de outubro a 1 de novembro, a Cloudflare diz que mitigou automaticamente cerca de 6 mil milhões de tentativas de ataques DDoS por HTTP direcionados aos websites relacionados com as eleições dos Estados Unidos, incluindo páginas dos estados, governos locais e campanhas políticas. Mas não houve nenhuma disrupção significativa aos alvos durante este período.
Relativamente ao dia anterior à eleição, o tráfego de DNS dos websites republicanos e democratas aumentaram, tendo atingindo um crescimento de 59% e 4%, respetivamente. Foi ainda registado, no dia de eleição, um aumento de tráfego nos estados a ocidente. Depois das primeiras estações de eleições fecharem, o tráfego de internet no geral aumentou 15%, em comparação ao registo da semana anterior.
Veja na galeria mais dados sobre o tráfego e ataques nas eleições dos Estados Unidos:
Os websites de notícias, relacionados com as eleições ou sondagens, tiveram aumentos muito grandes de tráfego. Os serviços de sondagens aumentaram 756% perto do fecho das votações e os websites de notícias aumentaram 325% no final da noite.
A Cloudflare oferece recursos de cibersegurança a mais de 800 websites que trabalharam na infraestrutura das eleições nos Estados Unidos, disponibilizando diferentes projetos de suporte a meios noticiosos, campanhas partidárias e outros ligados ao círculo eleitoral. Durante este período, a empresa bloqueou a maioria dos ataques de DDoS, alguns deles com altos volumes de tráfego, mas os websites apontados permaneceram online.
Os 6 mil milhões de pedidos de DDoS por HTTP durante os primeiros seis dias de novembro, excederam todo o volume registado em setembro e outubro. Os dados da empresa revelam que os hackers criaram agentes de utilizador aleatórios, numa tentativa de ultrapassar o conteúdo que fica em cache, de forma a sobrecarregar os servidores.
Relativamente ao aumento de tráfego de internet, os estados de Maine, Dakota do Sul e Montana cresceram 44%. Houve também grandes aumentos nos estados com mais população, incluindo a Califórnia (8%), Texas (19%), Nova Iorque (22%) e Flórida (23%). Mas de um modo geral, todos os estados viram o tráfego aumentar, destaca a Cloudflare.
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