Apesar do forte empenho e dedicação da Microsoft em integrar funcionalidades de IA (Inteligência Artificial) no Windows 11, a gigante de Redmond não esconde a sua determinação em considerar este sistema operativo como a plataforma de eleição para quem quer levar o gaming ao seu expoente máximo.
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Mais do que simplesmente jogar, toda a experiência de jogo moderna incluí outras vertentes, que só o Windows 11 consegue oferecer em pleno. Porém, convém avisar que escolher um PC de topo para uma experiência absoluta, terá que "abrir os cordões à bolsa", especialmente agora que estamos a atravessar mais um período de crise, com o aumento exponencial do preço dos chips de memórias RAM e SSD.
Como tal, para facilitar todos aqueles que procuram adquirir um novo computador, ou atualizar o seu, a Microsoft revelou uma lista com aquelas que considera serem as configurações ideais para diferentes níveis de experiência, tendo em conta as definições gráficas de cada jogo. Como seria de esperar, estas variam muito tendo em conta a presença de dois componentes essenciais, o processador (CPU) e a placa gráfica (GPU).
Diga-me como jogar, dir-lhe-ei que PC precisa
Ao contrário dos requisitos mínimos genéricos para a simples instalação do sistema operativo, os requisitos recomendados para jogar são significativamente mais exigentes e, como tal, mais dispendiosos. Tal como já indicámos, estes recaem essencialmente sobre dois elementos principais, o CPU e o GPU, escolhas fundamentais para garantir uma experiência de jogo totalmente diferente entre as várias configurações possíveis.
Tal como a Microsoft afirma, e bem, o papel de cada um destes componentes é muito específico, mas ambos são essenciais para um funcionamento preciso de todo o sistema. Enquanto o CPU se dedica à realização de cálculos lógicos, efeitos físicos, IA e todas as tarefas em segundo plano que vão decorrendo sem que o utilizador se aperceba, cabe ao GPU o poder bruto para garantir uma reprodução de todo o grafismo de forma precisa e fluída.
Entrada de gama (1080p, definições médias)
Para este tipo de configuração, deverá escolher um sistema com um CPU de quatro núcleos (quad-core) minimamente moderno ou superior, como um processador AMD Ryzen 5 5600 ou um Intel Core i5-12400, ambos modelos de seis núcleos. Mesmo tratando-se de modelos de baixo custo, estes já garantem o poder bruto suficiente para uma boa experiência de jogo, especialmente quando associados a uma boa placa gráfica.
Neste campo, para uma utilização básica a 1080p com gráficos nas definições médias, recomendamos uma solução como uma AMD Radeon RX 6600, assim como uma Nvidia GeForce GTX 1660 Super, mas tenha em consideração que este último modelo, embora esta seja uma recomendação da Microsoft, será uma questão de tempo até que a Nvidia termine o suporte deste modelo, e deixe de lançar atualizações de drivers para este modelo.
Gama média (1440p, definições média/altas)
Para quem já quiser jogar de forma mais intensa, com definições gráficas mais elevadas, deverá dotar o seu PC de componentes mais poderosos. No campo do CPU, a nossa recomendação é a escolha de um bom processador de seis núcleos, como um AMD Ryzen 5 7600 ou um Intel Core i5-13600K.
Relativamente à vertente gráfica, a escolha recai numa AMD Radeon RX 6700 XT, ou então numa de duas alternativas da Nvidia, a GeForce RTX 3060 Ti ou uma 4060 Ti, sendo esta última uma escolha superior, não só pela arquitectura mais moderna, como pelo próprio GPU já lidar com a tecnologia de upscalling DLSS 3.0, algo que poderá fazer a diferença para uma experiência de jogo mais fluída.
Topo de gama (Resolução 4K)
Para quem quiser jogar “à vontade”, terá mesmo que abrir "perder amor ao dinheiro" e escolher uma configuração de topo, mas isso não significa que tenha que escolher somente os modelos de topo, bem pelo contrário. Felizmente tenha em consideração que, hoje em dia, as soluções mais caras não são aquelas que oferecem o melhor desempenho, ou a melhor relação preço/desempenho.
Como tal, para o CPU, recomendamos um bom processador de oito núcleos (ou superior) como um Intel Core i7-13700K, ou o excepcional AMD Ryzen 7 7800X3D, ambos significativamente mais acessíveis que os modelos de topo de ambos os fabricantes. Relativamente ao GPU, uma AMD Radeon RX 7900 XTX assim como uma Nvidia GeForce RTX 4080 têm o poder de processamento ideal para já conseguir correr todos os títulos do mercado a 1440p como em 4K, com as definições em alta.
E, caso note alguma falta de fluidez num título em específico, poderá sempre tirar partido das tecnologias de upscaling que ambos os fabricantes dispõem, como o DLSS da Nvidia, e o FSR da AMD (anteriormente AMD FidelityFX Super Resolution), que lhe darão um boost significativo no desempenho de qualquer videojogo moderno.
Restantes componentes
Apesar da prioridade ser um bom processador e uma boa placa gráfica, deverá ter em consideração outros componentes para uma boa experiência no geral. A escolha da motherboard, por exemplo, estará sempre associada ao CPU escolhido, o que por sua vez terá impacto nos restantes componentes, como o tipo de memória RAM e na compatibilidade com os SSDs mais modernos.
Opte, sempre que possível, por modelos com os chipsets mais modernos, que garantam desta forma uma maior longevidade, ao permitirem futuras atualizações nos próximos dois anos, e compatibilidade com as interfaces mais modernas, como USB de alta velocidade e WiFi 6 ou 7.
Recomendamos também a escolha de uma motherboard/chipset compatível com as mais recentes memórias do tipo DDR5, que garantem maior largura de banda e velocidades mais elevadas. Relativamente a estas, nunca opte por menos que 16 GB de capacidade total, sendo sempre essencial escolher que a utilização de um kit com dois módulos, para tirar partido da tecnologia de Dual Channel, que duplica a largura de banda de comunicação entre o CPU (controlador de memória) e os módulos de memória.
Para configurações de gama média e alta, com o aumento da resolução de jogo, a recomendação será elevar a capacidade total da memória RAM no sistema de 16 para 32 GB. Embora em alguns jogos essa recomendação possa não ter impacto, em títulos mais exigentes, com gráficos mais pesados, ou muitos mods, a capacidade de memória acrescida vai fazer toda a diferença.
Relativamente ao armazenamento, 1 TB é a capacidade mínima recomendada, pela simples razão que terá que contabilizar com o espaço ocupado pelo Windows 11, mas o ideal será 2 TB para garantir algum espaço para poder instalar vários títulos. Relativamente ao tipo de armazenamento, este deverá ser do tipo SSD, de preferência para o formato mais recente suportado pela motherboard do sistema.
Recordamos que em termos de velocidade, um SSD com interface SATA tem uma largura máxima de 600 MB/s, uma unidade SSD NVMe PCIe 3.0 x4 M.2 tem 4 GB/s, um SSD PCIe 4.0 x4 8 GB/s e um SSD de última geração (PCIe 5.0 x4) tem 16 GB/s, sendo o desempenho real próximo dos 14.500 MB/s.
Uma dica importante que a Microsoft deu, e que faz todo o sentido, é que não vale a pena investir numa placa gráfica demasiado potente, capaz de garantir em torno de 240 fotogramas por segundo se o seu monitor não conseguir acompanhar esse desempenho. Se este tiver uma taxa de atualização limitada em torno dos 60, 120 ou 144 Hz, então será preferível apostar numa placa gráfica menos potente, e usar o dinheiro extra e escolher uma unidade SSD superior (capacidade e velocidade), ou apostar no melhor arrefecimento da sua caixa, para garantir que o sistema conseguirá trabalhar sempre na sua forma ideal, mesmo após longas sessões de jogos.
Optimizar o software no Windows 11
O hardware pode ser o motor, mas o Windows 11 é o "piloto" do PC. Existem várias definições que podem ter um impacto significativo no desempenho e que podem ser alteradas para ajustar a extrair maior performance da sua máquina, sem precisar de gastar dinheiro.
Sempre que possível ative o “Modo de Jogo”. Esta função, que está disponível nas definições do Windows, permite ao Windows priorizar o jogo em execução, reduzindo a atividade de fundo de outras aplicações, assim como impedir que o Windows Update instale atualizações, como controladores, enquanto está a meio de um jogo.
Se tiver um monitor compatível com HDR, ative esta função para que o mesmo faça a remasterização automática da iluminação de jogos mais antigos (DirectX 11 e 12), oferecendo assim uma melhor qualidade de imagem sem exigir mais da sua placa gráfica.
Por fim, tire partido da “Game Bar”, acessível através da combinação de pressão das teclas “Win + G”. Esta, mais do que simplesmente tirar capturas de ecrãs, permite-lhe monitorizar o desempenho do sistema em tempo real (CPU, GPU e RAM), assim como controlar o áudio de cada aplicação individualmente, o que poderá ser bastante útil para quem joga em equipa.
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