A Polícia Judiciária deteve sete suspeitos (seis homens e uma mulher), todos estrangeiros, por alegados crimes de roubo agravado e sequestro. A investigação decorreu entre setembro de 2020 e novembro de 2021 de um grupo criminoso que recorreu a ações do tipo paramilitar para planear, de forma cuidada dois roubos na zona de Castelo Branco e Idanha-a-Nova. O objetivo foi roubar bitcoins na posse de cidadãos estrangeiros residentes em Portugal.

Segundo a PJ, os suspeitos sequestraram cinco cidadãos a residir numa propriedade rural, obrigando um deles, ameaçado com armas de fogo, a transferir dezenas de bitcoins para várias carteiras. O valor do criptoativo era de 3 milhões de euros na altura do roubo.

Foi ainda registado um segundo ataque, onde foram sequestradas cinco pessoas, embora não tenha sido concretizada a transferência, tal como planeado.

A investigação do crime teve a colaboração da EUROPOL, assim como o Departamento de Investigação Criminal da Guarda. A Unidade Nacional de Contraterrorismo também esteve envolvida, assim como a diretoria de investigação de Portimão. A cooperação resultou em buscas realizadas em lisboa, Loulé, Portimão, Monsanto e Penamacor.

Foram recolhidas diversas provas durante a apreensão de equipamentos informáticos, que são suspeitos de terem sido utilizados durante as transações das bitcoins roubadas. Já os sete detidos, que têm idades entre os 37 e 52 anos, vão ser presentes às autoridades judiciárias para um primeiro interrogatório e respetivas medidas de coação.