No dia 1 de setembro, um ciberataque causou uma disrupção severa nas operações da Jaguar Land Rover, empresa do grupo indiano Tata Motors. As fábricas foram afetadas, incluindo o negócio do retalho. A empresa diz que o ataque foi detetado ainda em progresso, tendo desligado imediatamente os seus sistemas de TI para minimizar os estragos, reportou a BBC. Os trabalhadores foram alertados para não se apresentar ao serviço na manhã seguinte, enquanto duravam as investigações. 

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Os ataques afetaram as fábricas de Halewood em Merseyside, mas também em Solihull e Wolverhampton, todas no Reino Unido. A empresa tomou ação imediata para mitigar o impacto, ao desligar os sistemas, procurando recuperar as aplicações globais de forma controlada.  

Cerca de 11 dias depois do ataque, a empresa vem agora admitir que poderá ter havido roubo de dados pelos hackers durante o ciberataque, depois de inicialmente não acreditar que as informações dos clientes tivessem sido afetadas. A empresa não detalhou que tipo de dados foram afetados, se dos clientes, fornecedores ou da própria fabricante. “Como resultado da investigação em andamento, acreditamos agora que alguns dados possam ter sido afetados e estamos a informar os reguladores relevantes”, disse a fabricante no breve comunicado. A empresa diz que a investigação continua e que irá contactar aqueles que foram vítimas da fuga de dados. 

Desde o ciberataque, as fábricas afetadas continuaram encerradas, havendo planos para voltarem às operações esta quinta-feira. Estima-se que a produção global da marca era de cerca de 1.000 veículos por dia. 

O Ciberataque foi reclamado pelo grupo Scattered Lapsus$ Hunters, que segundo a BBC foi responsável por ataques a retalhistas do Reino Unido, incluindo a M&S. Os objetivos dos ataques, avançam os investigadores, apontam para a extorsão de dinheiro.