A China publicou um documento de queixa oficial no website das Nações Unidas, no departamento de assuntos espaciais, onde salienta que a estação espacial chinesa foi obrigada a implementar manobras preventivas para evitar colisões contra os satélites da SpaceX da constelação Starlink.

No relatório é referido que os satélites dos serviços de internet da empresa da Elon Musk tiveram dois “encontros imediatos” com a estação espacial chinesa nos dias 1 de julho e 21 de outubro de 2021, obrigando a ações de segurança para evitar colisões. No entanto, segundo a Reuters, estas queixas não foram verificadas por entidades independentes e mesmo a SpaceX remeteu-se ao silêncio.

No incidente do dia 1 de julho, o satélite Starlink-1095 desceu de uma órbita de cerca de 555 quilómetros de altitude para 382 quilómetros, entre o período de 16 de maio a 24 de junho, mantendo-se nessa órbita. Essa quebra de altitude levou ao alerta de risco de colisão contra a estação espacial Tiangong no primeiro dia de julho. A segunda manobra de evasão para evitar a colisão deu-se com o satélite Starlink-2305, sendo explicado que este fez manobras contínuas, com erros orbitais difíceis de serem avaliados.

Há novos satélites Starlink “no ar” para levar a internet da SpaceX mais longe (e mais depressa)
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Com a queixa formalmente apresentada, a China pretende que as respetivas nações sejam responsáveis por potenciais incidentes, sejam estes cometidos por agências governamentais ou privadas, assegurando que todas as atividades sejam conduzidas em conformidade com os tratados em vigor.

Veja na galeria as imagens de um dos mais recentes lançamentos de satélites Starlink ao espaço:

As informações, que foram partilhadas na rede social chinesa Weibo, já originaram queixas dos utilizadores, que acusaram a SpaceX de criar lixo espacial. Outro utilizador descreve os satélites como armas espaciais americanas, outros afirmam que se tratam de manobras para testar a capacidade de resposta da China no espaço. “Os riscos da Starlink estão a ser gradualmente expostos, toda a raça humana vai pagar pelas suas atividades de negócio”, refere outro utilizador citado pela Reuters. O tópico Starlink chegou aos 900 milhões de visualizações.

Atualmente, a SpaceX conta com cerca de 1.900 satélites Starlink no espaço, sendo enviados gradualmente para expandir a sua rede de internet. Mas no total, os especialistas afirmam que estão em órbita cerca de 30 mil satélites e outros destroços, levando os cientistas a pedir aos governos a partilha de dados e a criar medidas para reduzir o risco de catástrofes ligadas a colisões no espaço.

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