Cerca de seis em sete empresas (86%) dos segmentos aeroespaciais e de defesas prevêm integrar tecnologia blockchain nos seus sistemas corporativos dentro de três anos, revela o estudo da Accenture "Launchpad to Relevance: Aerospace & Defense Technology Vision 2018".

Por se tratar de uma base de dados distribuída que regista a informação de modo a permitir a sua partilha com várias pessoas e de forma totalmente segura e confidencial, Eduardo Fitas, vice-presidente da Accenture Portugal, considera que a blockchain é a tecnologia “adequada para melhorar o rendimento de uma das cadeias logísticas mais completas, globalmente interligadas e dependentes de segurança no mundo”.

Entre os benefícios apontados pelo relatório da Accenture estão a possibilidade das organizações da indústria aeroespacial reduzirem os custos de manutenção, aumentarem a disponibilidade dos aviões e minimizarem os erros na cadeia logística das peças dos aviões.

A pesquisa aponta também para vários factores que poderão contribuir para a integração desta tecnologia disruptiva nas empresas dos setores aeroespacial e de defesa, como o facto de 70% dos executivos destes segmentos acreditar que as empresas terão de lidar com fluxos cada vez maiores de dados corrompidos, à medida que mais dados falsificados se infiltram nos seus sistemas de informação.

Cerca de 73% dos inquiridos defendem que os sistemas e estratégias mais importantes das suas empresas são baseados em dados e considera que os sistemas automatizados criam novos riscos, incluindo dados falsos, a manipulação dos mesmos e informação enviesada.

Com a tecnologia de blockchain e a sua cadeia de dados segura e inalterável será possível detetar números que tenham sido adulterados, bem como comprovar a sua veracidade, bem como rastrear e fornecer dados fiáveis da configuração dos aviões ao longo da cadeia logística.

“Conhecer a qualquer momento a configuração real de um avião em serviço é fundamental”, afirma o também responsável pela área de Comunicações, Media e Tecnologia da Accenture, esclarecendo que “a blockchain permite que os players da área aeroespacial e de defesa partilhem, capturem e autentiquem os dados provenientes de apenas uma fonte, de forma segura”.

Esta tecnologia pode ser usada em paralelo com os denominados digital twins (representações digitais de objetos físicos), bem como apoiar uma ferramenta constituída por uma vasta coleção de fluxos de dados interligados, a chamada digital thread.

O relatório intitulado Extending the Digital Thread With Blockchain explica que esta ferramenta pode proporcionar métodos mais eficientes de partilha de dados ao longo do desenho do produto, fabrico e ciclos vitais de manutenção, o que se traduz numa produção mais rápida e com menos custos, numa manutenção superior e atualizações na hora.

Além da tecnologia de blockchain, o relatório Technology Vision 2018  e do qual faz parte o estudo Launchpad to Relevance: Aerospace & Defense Technology Vision 2018 destaca também a Inteligência Artificial (IA) e a Realidade Virtual ou Aumentada como sendo outras das principais tendências a afetar o negócio nos próximos três anos.

Para isso terá contribuído a indicação por parte de 67% dos inquiridos de que as suas empresas vão investir em IA no próximo ano e que quatro em cada cinco (cerca de 80%) preveja que, em 2021, cada um dos seus trabalhadores se verá diretamente afetado, no seu dia-a-dia, por decisões baseadas em IA.

E se mais de metade (57%) vão investir em realidade aumentada e em realidade virtual no próximo ano, quase todos os inquiridos (96%) acreditam que a realidade estendida os ajudará a reduzir a distância física existente na hora de envolver os colaboradores ou os clientes.

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