Depois de ter “lavado as vistas” aos terrestres e de acabar captado por inúmeras objetivas em todo o mundo, o NEOWISE seguiu viagem e mais recentemente foi registado pelas poderosas lentes do telescópio espacial Hubble de uma forma nunca antes vista.

Os registam datam de 8 de agosto último e mostram a cauda, a fina camada que envolve o seu núcleo e o rasto de poeira do cometa.

Foi a primeira vez que se conseguiu fotografar um cometa do género em alta resolução após a passagem pelo Sol. As tentativas anteriores falharam porque os objetos acabaram por desintegrar-se devido às altas temperaturas solares.

O NEOWISE passa hoje mais perto da Terra: Veja as fotos mais impressionantes do cometa
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As imagens registadas mostram que, pelo menos aparentemente, o núcleo sólido do NEOWISE terá permanecido intacto depois da “visita” ao astro-rei, embora essa parte do cometa seja demasiado pequena para ser observada pelo Hubble. Mas o telescópio pode ajudar noutros pormenores.

“O Hubble tem uma resolução muito melhor deste cometa do que podemos obter com qualquer outro telescópio”, garante Qicheng Zhang, investigador da Caltech, citado pela NASA.

“Essa resolução é muito importante para ver detalhes muito próximos do núcleo. Permite-nos ver as mudanças na poeira logo após esta ser removida do núcleo devido ao calor solar, apresentando amostras da poeira o mais próximo possível das propriedades originais do cometa”, sublinha.

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As imagens registadas pelo Hubble podem ajudar a revelar a cor da poeira do cometa e de que forma essas cores mudam à medida que o cometa se afasta do Sol. Isso, por sua vez, pode explicar como o calor solar afeta a composição e a estrutura dessa poeira na cauda do cometa. O derradeiro objetivo aqui seria conhecer as propriedades originais da poeira para aprender mais sobre as condições do sistema solar inicial em que o NEOWISE se formou.

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créditos: NASA, ESA, A. Pagan (STScI), and Q. Zhang (Caltech)

Segunda as agências espaciais ESA e NASA, o C/2020 F3 NEOWISE é considerado o cometa mais brilhante visível do Hemisfério Norte desde 1997, quando o Hale-Bopp cruzou os céus. Viajando a mais de 60 quilómetros por segundo, o popular cometa segue agora em direção aos confins do sistema solar. Só deverá voltar a ser visto daqui a cerca de 7.000 anos.

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