A Agência Espacial Japonesa (JAXA) anunciou que a Martian Moons eXploration (MMX) entrou oficialmente na fase de desenvolvimento. Realizada em parceria com as agências espaciais da Alemanha (DLR) e França (CNES), a MMX tem como objetivo partir à exploração de Phobos e Deimos, as duas luas de Marte.
A JAXA avança que, após a aprovação do Governo japonês, os investigadores por trás da MMX vão agora concentrar-se no desenvolvimento de hardware e software. O plano da missão é lançar uma nave espacial que entrará na órbita de Marte em 2025 e fará uma visita às duas luas do Planeta Vermelho, criando um mapa detalhado das superfícies dos satélites naturais.
A MMX planeia também enviar um rover à superfície de Phobos, o qual será o primeiro veículo a pousar num corpo menor no sistema solar. Ao chegar à lua, o equipamento passará várias horas a recolher amostras. A missão pretende descobrir os mistérios por trás da formação dos satélites naturais de Marte e verificar se estes são asteroides que acabaram por entrar na órbita marciana ou se são corpos que se separaram do planeta após alguma explosão ou evento de calibre semelhante.
As informações recolhidas acerca da composição das luas poderão ser cruciais para futuras missões tripuladas a Marte, em especial, na eventualidade de estas serem uma fonte de água ou combustível. Se tudo correr conforme o previsto, a missão MMX deverá regressar à Terra com amostras das luas marcianas durante o ano de 2029.
O anúncio da missão chega meses após a JAXA ter dado a conhecer que a sonda Hayabusa2 disse o adeus final ao asteróide Ryugu depois de ter passado um ano e meio a recolher amostras da sua composição. O instrumento de exploração espacial continua agora a caminho da Terra, onde deixará uma cápsula para os investigadores.
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