Até 2023 o Governo quer contratar mais cinco mil investigadores doutorados, num objetivo que inclui a integração de 1.500 na carreira. A meta foi fixada no novo Contrato de Legislatura para o período de 2020-2023, assinado na manhã desta sexta-feira entre o Governo e as instituições de Ensino Superior, na Residência Oficial do Primeiro Ministro.

Uma das metas traçadas no documento é a contratação de cinco mil investigadores doutorados (a somarem-se aos 5.166 desde 2017), incluindo 1.500 para ingresso na carreira (através de concursos regulares) e 500 por tempo indeterminado, estes últimos a serem feitos pelos laboratórios associados (instituições científicas com estatuto próprio).

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Ainda no que diz respeito ao total de investigadores a contratar, com doutoramento concluído, mil serão por concursos anuais individuais e 800 por concursos bianuais institucionais, que serão lançados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Quanto às restantes contratações estimadas até 2023 serão realizadas em associação com projetos de investigação, 200, ou por 400 unidades de investigação, ou seja, agregadas ou não a universidades e politécnicos. Nestes contratos entram também 100 laboratórios colaborativos e 500 empresas.

Os novos contratos previstos serão celebrados ao abrigo do programa de estímulo ao emprego científico, até finais de 2023, nomeadamente através de fundos estruturais e fundos europeus.

O Contrato de Legislatura visa reforçar a qualificação dos portugueses e estimular a convergência de Portugal com a Europa até 2030 através de um esforço de responsabilização coletiva e fixando um quadro estável e planeado do financiamento público para o ensino superior nos próximos quatro anos.