Em 2004, um grupo de astrónomos da Universidade da Califórnia fez uma descoberta inédita. Pela primeira vez, o telescópio Hubble da NASA conseguiu detetar um exoplaneta a 25 anos-luz da Terra através de ondas de luz visíveis. Com uma dimensão três vezes superior à de Júpiter, o Fomalhaut b deixou os astrónomos intrigados durante vários anos. No entanto, ao analisarem imagens captadas pelo Hubble entre 2013 e 2014, os cientistas notaram que o exoplaneta tinha desaparecido por completo.

Num recém-publicado artigo na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences os cientistas da Universidade da Califórnia revelam que, afinal, o Fomalhaut b poderá nem ter sido um exoplaneta, mas sim os resquícios de uma rara colisão entre dois asteróides gigantes que só acontece uma vez a cada 200.000 anos.

Simulação da evolução de Fomalhaut b ao longo do tempo
créditos: NASA

Os astrónomos indicam que o Fomalhaut b revelou-se enigmático desde a sua descoberta e que foram desenvolvidas várias teorias acerca da sua verdadeira identidade. Aquando da publicação do artigo original, os cientistas avançavam que o exoplaneta poderia ser uma formação de pó ou detritos espaciais.

Depois de analisarem as mais recentes imagens captadas pelo Hubble, os astrónomos desenvolveram um modelo teórico computorizado que poderá explicar a estranha identidade do Fomalhaut b. A colisão teorizada entre os dois asteróides corresponde às características observadas e poderá explicar o facto de o telescópio Hubble ter detetado aquilo que parecia um exoplaneta de grandes dimensões.

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A nuvem de pó e detritos espaciais outrora conhecida por Fomalhaut b é agora demasiado difícil de observar através do Hubble, pois os cientistas estimam que tenha uma dimensão superior à orbita da Terra em torno do Sol. Contudo, a NASA avança que a equipa responsável pela descoberta vai continuar analisar o sistema Fomalhaut com o novo telescópio espacial James Webb.

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