A constelação Sentinel-1, do Copernicus, ganhou mais um elemento. O lançamento bem sucedido do satélite Sentinel-1D aconteceu na passada terça-feira, à boleia do foguetão Ariane 6, que partiu do porto espacial europeu na Guiana Francesa. Menos de uma hora após o lançamento (mais precisamente 34 minutos depois), o satélite encontrou a sua órbita e estabeleceu ligação com a Terra.

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A missão Sentinel-1 fornece imagens de radar de alta resolução da superfície da Terra, usadas por equipas de resposta a catástrofes, agências ambientais, autoridades marítimas e cientistas, que dependem de atualizações frequentes de dados críticos. Tem capacidade para assegurar este serviço em todas as condições meteorológicas, tanto de dia como durante a noite.

O Sentinel-1D vai funcionar em conjunto com o Sentinel-1C, na mesma órbita, mas a 180° de distância, “para otimizar a cobertura global e a entrega de dados”, como explica a Agência Espacial Europeia.

Assista ao vídeo do lançamento do Sentinel-1D

Os dois satélites têm a bordo um instrumento de radar de abertura sintética (SAR) de banda C, que permite capturar imagens de alta resolução da superfície terrestre. Estão também equipados com instrumentos do Sistema de Identificação Automática (AIS) para melhorar a deteção e o rastreio de navios, incluindo dados sobre a identidade, localização e direção de passagem das embarcações, uma capacidade que vai ser melhorada com a adição do Sentinel-1D à constelação.

A missão Sentinel-1 estreou-se em 2014, com o lançamento do seu primeiro satélite e trouxe grandes mudanças à forma como observamos o planeta, fornecendo dados de alta qualidade, preciosos para fins científicos mas também para apoiar as atividades de diferentes serviços públicos.

“A capacidade do Sentinel-1 de penetrar numa espessa camada de nuvens permite à missão rastrear perturbações e mudanças subtis nas florestas tropicais”, exemplifica a ESA. Também trouxe dados mais precisos para a análise de movimentos dos solos em toda a Europa, imprescindível depois de terramotos, por exemplo. Trouxe ainda avanços à capacidade de análise das inundações sob a camada de gelo da Gronelândia, aos impactos dos incêndios nas florestas da América do Sul, ou para as medições nos índices de libertação de metano.

A missão Sentinel-1 nasceu de uma colaboração entre a ESA, a Comissão Europeia e a indústria. Foi desenhada e é operacionalizada por um consórcio de mais de 70 empresas liderado pela Thales Alenia Space e pela Airbus Defence and Space, que recentemente anunciaram a intenção de fundir operações.

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