Com um lançamento previsto para 2026, a missão europeia CO2M (Copernicus Anthropogenic Carbon Dioxide Monitoring) vai detetar e monitorizar as principais fontes de emissão de dióxido de carbono (CO2) de origem humana a partir do Espaço.

A missão vai colocar em órbita um conjunto de satélites equipados com espectrómetros avançados, capazes de medir as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, mas também de metano e dióxido de azoto.

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No início do ano, a missão ganhou um novo fôlego graças a um contrato entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a OHB System para o desenvolvimento de um terceiro satélite que se juntará à constelação.

De acordo com a ESA, o terceiro satélite vai acelerar a monitorização a nível mundial, “permitindo medições mais rápidas e abrangentes das emissões de dióxido de carbono e metano resultantes da atividade humana, reforçando a avaliação dos esforços de mitigação das alterações climáticas”.

A CO2M conta também com participação portuguesa, com as equipas da GMV em Portugal a desenvolverem sistemas de processamento de dados da missão, que permitirão transformar as observações feitas pelos satélites em dados prontos a serem usados.

Como detalhado em comunicado, a GMV é responsável pela criação das cadeias de processamento que tratam os dados desde o Nível 0 (telemetria bruta) até ao Nível 2 (produtos geofísicos). Para tal, as equipas vão usar algoritmos sofisticados, implementados em linguagens de programação como Python e C++, explica a empresa.

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“Estes sistemas irão gerar mapas de alta resolução das emissões de gases com efeito de estufa, fornecendo informações críticas para cientistas e decisores políticos”, afirma.

A equipa portuguesa da GMV já contribuiu para várias missões da ESA, incluindo no desenvolvimento de serviços de determinação orbital precisa e soluções para o segmento terrestre.