Um total de 5.321 operacionais, com o apoio de 1.629 viaturas e 24 meios aéreos estão envolvidos no combate aos incêndios em Portugal, a maioria no norte e centro do país, esta terça-feira, dia 17 de setembro.

Nos últimos dois dias as ocorrências mais significativas decorreram no distrito de Aveiro, o que se traduziu numa extensa nuvem de fumo visível do espaço e registada em imagens de satélite da NASA, que podem ser vistas através do serviço Worldview.

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O IPMA também tinha partilhado ontem, na rede social X, uma imagem de satélite onde era visível a extensa pluma de cinzas oriunda dos incêndios de Aveiro.

Os quatro grandes incêndios que lavram esta terça-feira no distrito de Aveiro têm um perímetro de aproximadamente 100 quilómetros e consumiram até ao momento uma área de 10 mil hectares de floresta, informou a proteção civil, citada pela agência de notícias Lusa.

Em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, às 13h00, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, explicou que os “incêndios têm um comportamento muito extremo” e, nos casos mais graves, a estratégia está focada na “preservação humana e preservação dos bens”.

Nas 24 ocorrências mais significativas, estão envolvidos 3.339 operacionais, 1.040 viaturas e 24 meios aéreos, explicou. Entre as 00h00 e as 12h30 de hoje, foram registadas 105 ocorrências, a maioria durante o período noturno (57), a que se somam as 277 ocorrências na segunda-feira.

As autoridades estão preocupadas com os incêndios que lavram nos distritos de Aveiro, Porto (que ativaram os respetivos planos distritais de emergência), Viseu e Vila Real. No país estão também ativos 10 planos municipais de emergência.

Entre os cortes de via, a proteção civil destaca a A1 em Aveiro Sul e Estarreja, a A13 em Coimbra, o IC2 com o nó da A25, a A24 em Castro Daire e Vila Pouca de Aguiar e o nó da A43 e A41 em Gondomar.