A Joby Aviation tem uma experiência de quase 15 anos a desenvolver tecnologia para veículos aéreos, sendo uma das principais impulsionadoras dos táxis autónomos de mobilidade pelo céu. A startup, que já mereceu a confiança e investimento da Toyota, e que tem garantindo certificações dos reguladores para testar os seus aparelhos, realizou um voo bem-sucedido com um protótipo de VTOL abastecido por nitrogénio. 

O veículo voador apenas deixou um rasto de água no percurso realizado de 523 milhas (cerca de 840 quilómetros), ou seja, zero emissões no meio-ambiente. A tecnologia foi desenvolvida pela sua subsidiária H2FLY, adquirida em 2021, fazendo agora parte do roadmap da empresa para o desenvolvimento do veículo aéreo de lançamento e aterragem vertical elétrico, alimentado por hidrogénio. A empresa foi suportada pelo programa Agility Prime da Força Aérea dos Estados Unidos.

Veja na galeria imagens do modelo da Joby Aviation:

Viajar pelo céu é essencial para o progresso humano, mas precisamos de encontrar formas de o tornar mais limpo”, destaca o CEO e fundador da Joby, JoeBen Bevirt. O objetivo da empresa é aproveitar todo o conhecimento e tecnologia que desenvolveu nos táxis aéreos citadinos e elevar a uma experiência regional, de médias distâncias. A empresa imagina um futuro onde poderá voar de São Francisco para San Diego ou de Boston para Baltimore, sem a necessidade de se deslocar a um aeroporto e com zero emissões, além da água. 

JoeBen Bevirt explica que a vasta maioria do design e o trabalho de testes e certificações completados nos modelos elétricos a bateria foram aproveitados para o modelo movido a hidrogénio, que será comercializado. E será a mesma equipa de operações, assim como o software ElevateOS a suportar as operações comerciais do veículo. 

Os reguladores da energia nos Estados Unidos olham para o projeto com bons olhos, no que diz respeito ao seu impacto ambiental que as suas operações vão ter. “Hidrogénio limpo tem o potencial de ajudar a descarbonizar o nosso sistema de aviação nas próximas décadas”, disse o porta-voz da secretaria da eficiência energética e renováveis, Jeff Marootian no comunicado. Também o conselheiro do Governador da Califórnia elogia o projeto no trabalho em descarbonizar a aviação.

O tanque de combustível do veículo tem uma capacidade para 40 quilos de hidrogénio líquido, juntamente com uma área reduzida de baterias. O hidrogénio é usado num sistema desenhado para produzir eletricidade, água e calor. A eletricidade produzida alimenta seis motores elétricos, sendo depois suportados pelas baterias que adicionam a energia necessária para levantar voo e aterrar. 

O plano da Joby é começar as operações comerciais em 2025 utilizando o seu sistema de mobilidade com baterias elétricas. Já o uso do hidrogénio ainda parece estar em fase preliminar, sem planos referidos.