A sequela do icónico filme Top Gun vai estrear nos cinemas a 26 de maio e, como é habitual, o realizador e atores desdobram-se em apresentações e previews, com conferências de imprensa e ante estreias. Ontem foi a vez de Top Gun: Maverick ser exibido no Alvaláxia, mas Joseph Kosinski, o realizador do filme, não teve de sair de Londres para responder às perguntas dos jornalistas, aparecendo em palco ao lado de Vasco Palmeirim numa projeção holográfica bastante realista.

O momento concretizou aquilo que a NOS diz que á o primeiro holograma internacional sobre 5G e a combinação entre a qualidade da imagem e a interatividade garantida pelo imediatismo da comunicação tornaram a experiência mais real.

Dos dois lados a infraestrutura tecnológica e o cenário foram montados para o momento da apresentação. Em Londres, num hotel, foi montado um espaço com  Vantablack, a substância que usa nanotubos de carbono, luzes brancas e captação com uma câmara 4K HD. Em Lisboa um palco de fundo escuro e a projeção em Full HD 1080. A entrada em cena de Joseph Kosinski fez-se quase como por magia, materializando a imagem do realizador com uma presença que do lado da audiência era difícil de não perceber como real e de distinguir da do apresentador.

Jorge Graça, CTO da NOS, explicou ao SAPO TEK que e, Londres a sala onde foi feita a captação da imagem de Joseph Kosinski e de Ian O'Connell, diretor da Musion que foi parceira nesta experiência, foi preparada para conferência mas que a rede usada foi o Wi-Fi do Hotel, e que a transmissão foi sempre feita por redes públicas. Em Lisboa a NOS usou a rede 5G, para garantir não apenas a velocidade mas também a fiabilidade da comunicação.

Veja as imagens da apresentação em Lisboa

A tecnologia holográfica cada vez mais perto

A transmissão holográfica teve a parceria da Musion, uma empresa especializada na tecnologia que tem feito já uma série de trabalhos nesta área, incluindo concertos com músicos como os Gorillaz, Mariah Carey, Dita Von Teese e Tupac, no festival Coachella.

Ian O'Connell, diretor da Musion, também se materializou no palco do Alvaláxia para responder às perguntas dos jornalistas e explicar o potencial da tecnologia. “A Paramount diz que isto é o futuro e não vou contrariar a Paramount”, ironizou.

As vantagens de poder “mover” pessoas de um lado para o outro do mundo, de forma instantânea, foram destacadas por Ian O'Connell que apontou o potencial na música e em eventos como conferências, mas também no ensino à distância, com maior capacidade de atração e interatividade do que as videoconferências.

Ao SAPO TEK adiantou que neste momento a produção deste tipo de apresentações holográficas é cada vez mais simples com a tecnologia MDH Hologram, e que em Londres não foi preciso estar num estúdio, tendo o cenário sido montado numa sala de um hotel com 8 metros por 7 metros, onde se usou um fundo preto com a substância mais escura do mundo, a Vantablack, que é capaz de absorver mais de 99,9% da luz, um chão reflexivo e luzes brancas como iluminação. “Já é uma imagem muito realista e na transmissão o 5G permite a comunicação do sinal e usamos a rede pública”, indica.

Ian O'Connell admite porém que ainda faltam alguns anos para podermos ter este tipo de tecnologia em casa e usar os hologramas em vez das videoconferências, mas acredita que vai chegar mais cedo às empresas e às escolas, em especial em países como a Índia onde há uma grande falta de professores.

“The need for speed” do Top Gun: Maverick

Mais de trinta e cinco anos depois da estreia de Top Gun, que chegou aos cinemas em 1986, Pete “Maverick” Mitchell não perdeu o carisma nem a irreverência que são as marcas da personagem interpretada por Tom Cruise. O piloto ainda não passou da categoria de Capitão, desobedece a ordens e prova que os humanos não são uma categoria em extinção no que diz respeito à capacidade de pilotar aviões de combate em situações extremas.

Joseph Kosinski explica que a tecnologia que foi usada para o novo filme só ficou disponível em 2017 e que quando decidiram avançar com o filme só tinham ainda uma câmara protótipo. “Conseguimos meter 6 câmaras IMAX no cockpit do avião e ter imagens reais […] acho que os resultados falam por si”, adiantou.

A participação de Tom Cruise foi um elemento chave para o filme e Joseph Kosinski contou como foi com o produtor a Paris, onde o ator rodava mais uma Missão Impossível, para o convencer. “Ele não queria voltar se a história não fosse perfeita […] repetir o sucesso era como atingir uma bala com outra bala. Acho que conseguimos isso, espero que a audiência o prove”, justifica.

Também a colaboração da Marinha dos Estados Unidos foi apontada como fundamental para o filme, conseguindo autorização para voar abaixo dos 200 pés, com manobras muito intensas e muita força gravitacional (Gs). Mas a colaboração até foi mais fácil com Tom Cruise a bordo, até porque “muitas dessas pessoas foram para a Marinha inspiradas pelo Top Gun”.

A “necessidade de velocidade”, a tensão com a mistura certa de humor, a capacidade de testar limites e completar uma missão contra um inimigo que desta vez não é nomeado, são apenas alguns dos elementos que fazem do Top Gun: Maverick um grande filme, que agarra o espetador à cadeira do princípio ao fim e que tem tudo para ser um dos sucessos do ano nos cinemas.

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