Em antecipação ao Mobile World Congress, a Oppo revelou a sua nova família de smartphones topo de gama, o Find X5 Pro, que se apresenta como uma evolução não apenas tecnológica, mas como design da anterior família Find X3. Os novos smartphones seguem a mesma filosofia estética, com um design premium herdando o ADN característico da linha Find X.

A fabricante utilizou materiais como cerâmicas, em branco e preto, para moldar todo o design do corpo do Find X5 como uma peça única, sem encaixes. O SAPO TEK teve a oportunidade de participar numa mesa redonda virtual com a imprensa internacional e compreender um pouco mais sobre as decisões da fabricante, seja o design, como a tecnologia por trás das câmaras fotográficas. Procurando explicar um pouco mais do seu design, a Oppo disse ao SAPO TEK que o corpo foi maturado a 1.000º C durante 168 horas, como disse na apresentação.

Mas para obter o design atual, a fabricante diz que o processo já tinha começado no Find X3, sendo agora refinado. Optaram pelos materiais de cerâmica, em vez de outros como o vidro, por não se tratar do melhor para criar a traseira. Em primeiro lugar devido aos seus reflexos de luz, mas também porque era mais difícil de moldar as suas formas curvas presentes no novo modelo. “Decidimos investir mais tempo para melhorar os materiais e as técnicas de moldar, e fizemos muitas experiências”. Esse foi mesmo um desafio para a empresa, o uso de pó de cerâmica como material-base.

Veja na galeria imagens do Oppo Find X5

Depois foi necessário afinar as máquinas em múltiplas etapas para se obter a forma curva desejada. Foi necessário chegar aos 1.000º de temperatura para conseguir forjar o design como desejava. A empresa destacou novamente a peça única onde o módulo fotográfico encaixa.

Este processo, para além do desafio imposto, obrigou ao dobro do tempo e investimento feito neste design. No entanto, a empresa parece satisfeita com o resultado, uma vez que o corpo em cerâmica diminui os reflexos de luz, além de conceder ao equipamento um aspeto mais premium. E claro, a garantia que o material é duas vezes mais resistente que o vidro, sobretudo a quedas. Por outro lado, a dissipação de calor do equipamento graças ao material é também importante, permitindo uma melhor performance geral do smartphone. A sua robustez foi elevada graças à tecnologia Corning Gorilla Glass Victus, prometendo ser resistente a riscos até 1.200 HV.

Mas o design escolhido foi motivo para algumas concessões tecnológicas. Foi perguntado a razão da estagnação dos sensores de telefoto de 2X, quando há dois anos o modelo Find X2 Pro tinha uma de 5X. A fabricante disse que a prioridade era oferecer o máximo de qualidade da sua câmara principal, agora suportado pelo NPU (Neural Processing Unit) MariSilicon X. No entanto, devido ao design do smartphone, a Oppo admite que não havia espaço suficiente para colocar lentes secundárias com mais capacidade. Houve assim um compromisso, com prioridade na qualidade de imagem da câmara principal, do que nas lentes secundárias, neste caso de zoom.

Sobre a sua tecnologia MariSilicon X foi introduzida para processar os dados captados através do sensor Sony IMX 766 de 50 MP. A empresa salienta que o MariSilicon X se destaca pela capacidade de gravar vídeo 4K em ambientes noturnos com qualidade HDR.

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Falou ainda das capacidades multi-frame RAW do Marisilicon X, capaz de combinar múltiplas imagens, neste caso cinco frames RAW no modo Pro, de diferentes exposições para compor a imagem. Desta forma, a marca garante uma redução do ruído das imagens e oferecer RAWs com diferentes exposições e capacidades HDR.

O Find X5 tem dois sensores de 50 MP, um deles é ultra grande angular com 110 graus de campo de visão e a outra lente é uma angular. Tem uma terceira lente telecâmara de 13 MP, com uma abertura de obturador de f/2.4. O módulo da câmara é descrito como “enorme”, dentro do corpo do smartphone, porque alberga também um estabilizador de imagem OIS de cinco eixos. Tem três graus de compensação de trepidação. A fabricante diz ainda que as suas lentes melhoram as cores e compensam até 77% as imperfeições cromáticas.

Quanto à câmara selfie, o sensor é de 32 MP, igualmente alimentando pelo MariSilicon X. Este tem funcionalidades que ajudam o utilizador a melhorar a imagem, ideal para quem grava vlogs, por exemplo. A câmara tem IA que deteta quando o utilizador está a ler algo no ecrã e mantém a imagem ligada. Garante ainda mais 60% de luz que os anteriores modelos, mais texturas e detalhes também.

Para alimentar o smartphone, no interior está o processador Snapdragon 8 Gen 1 da Qualcomm, ajudado pelo GPU Adreno 730. O equipamento tem um sistema de refrigeração produzido em grafeno, capaz de distribuir o calor pela superfície. É ainda ajudado pela câmara de vapor, que refresca igualmente a bateria. É ainda alimentado por uma bateria de 5.000 mAh, ajudado por um motor inteligente de monotorização da sua saúde. A empresa promete 1.600 ciclos de carga, ou seja, o dobro da duração de vida da bateria face aos anteriores.

A acompanhar o smartphone, a tecnologia SuperVOOC de 80 W promete restaurar 50% da autonomia em 12 minutos. Tem ainda um carregamento rápido AirVOOC de 50 W capaz de carregar 100% da bateria em 50 minutos. É compatível com outros sistemas de carregamento wireless rápidos. O novo Oppo Find X5 Pro 5G tem 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno. Tem certificação IP68 e leitor de impressões digitais sob o ecrã.

O SAPO TEK vai estar a acompanhar todas as novidades e à descoberta de novidade no MWC22, por isso acompanhe aqui as principais notícias diretamente do espaço da feira e do congresso em Barcelona.

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