O ministro do Ambiente João comentava assim a manifestação convocada pelas associações de táxis e que irão "estacionar" o protesto junto à Assembleia da República na próxima quarta-feira, dia 19, refere a Lusa.

A manifestação esteve marcada para dia 11 de Setembro, mas foi adiada para coincidir com a data de regresso ao trabalho dos deputados no Parlamento.

Os taxistas reclamam que seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade da lei que regula as plataformas eletrónicas de transporte, como a Uber e Cabify, e que até à pronúncia do Tribunal Constitucional se suspendam os efeitos do diploma aprovado "por forma a garantir a paz pública".

Marcelo dá luz verde à "lei Uber" sem estar totalmente satisfeito
Marcelo dá luz verde à "lei Uber" sem estar totalmente satisfeito
Ver artigo

Comentando o protesto, o ministro do ambiente considerou que "os táxis, estas plataformas eletrónicas e a mobilidade partilhada [...] não concorrem entre si". "Estes três em conjunto concorrem é contra o uso do transporte individual e é isso que queremos mesmo que venha a acontecer nas cidades portuguesas", afirmou. Matos Fernandes falava aos jornalistas à margem da apresentação do cartão Navegante Escola, em Lisboa.

"Queremos mesmo tratar todos por igual, percebemos que há, de facto, uma nova forma de as pessoas se movimentarem nas cidades, e é absolutamente fundamental que tudo façamos para ter o menos transporte individual possível ", disse.

O governante salientou que "se há processo que foi discutido e que merece um claro consenso" é a regulamentação para as plataformas eletrónicas de transporte de passageiros a partir de veículos descaracterizados. Este foi um "processo muito escrutinado" e o consenso, na opinião de João Pedro Matos Fernandes, é "não só dos portugueses, como de quem os representa, porque de facto foi aprovada a nova regulamentação para as plataformas eletrónicas por uma larguíssima maioria no parlamento".