A decisão é das autoridades alemãs e tem sido divulgada pela imprensa internacional. O comunicado desta quinta-feira de um comissário de Hamburgo, que explica que a deliberação resultou de um relatório de julho de um órgão de comunicação social holandês. Dos mil fragmentos de áudios obtidos pelo vrt NWS, 153 terão sido gravados sem o conhecimento do utilizador do Google Assistant, alega o site.

Em entrevista ao Bussiness Insider, um porta-voz da Google explicou que, depois de tomar conhecimento da fuga de áudios na Holanda, a empresa já tinha interrompido as revisões de idiomas para o assistente, enquanto investigava o assunto. No entanto, o porta-voz não confirmou imediatamente se essas revisões, que têm como objetivo treinar o Google Assistant, foram interrompidas em todo o mundo ou apenas na Europa.

Em comunicado, o comissário mostrou-se preocupado com estes números, mas a Google não foi o seu único “alvo”. "O uso de assistentes virtuais de fala de serviços como a Google, a Apple e a Amazon está a provar ser altamente arriscado para a privacidade dos afetados", afirmou.

Embora nenhuma ação imediata tenha sido tomada contra essas duas empresas, que também têm vido sido criticadas em termos de privacidade, o relatório do comissário "convidou" as empresas a "rever rapidamente" as suas políticas e os procedimentos.

E foi isso mesmo que a Apple já fez. De acordo com o TechCrunch, a Apple vai suspender e rever temporariamente um programa global que permite que os prestadores de serviços tenham acesso a gravações da Siri. A decisão terá surgido depois de uma notícia avançada pelo The Guardian ter afirmado que os prestadores “ouvem regularmente” informações privadas e confidenciais.

"Estamos comprometidos em oferecer uma ótima experiência Siri, protegendo a privacidade do utilizador", disse um porta-voz da Apple em uma declaração ao site. "Enquanto realizamos uma revisão completa, estamos a suspender a classificação da Siri globalmente. Além disso, como parte de uma futura atualização de software, os utilizadores terão a capacidade de optar por participar na avaliação”, acrescentou.

De acordo com a Apple, as gravações de utilizadores das consultas da Siri são salvas por um período de seis meses "para que o sistema de reconhecimento possa utilizá-las para entender melhor a voz do utilizador". Após seis meses, outra cópia da gravação que não identifica o utilizador é salva por até dois anos pela Apple, a fim de "melhorar e desenvolver" as funções da Siri.

A questão da privacidade de dados tem afetado várias empresas tecnologócias e tem sido uma preocupação cada vez maior por parte dos governos e reguladores. A multa do Facebook em cinco mil milhões de euros foi o mais recente exemplo, levando a empresa a afirmar que pretende reforçar a aposta nesta área.

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