A Google vai “apertar” as regras no que toca à distribuição de aplicações para Android. A partir do próximo ano, a gigante tecnológica vai começar a verificar as identidades dos programadores que criam apps para equipamentos com o seu sistema operativo. 

A empresa detalha que a decisão é motivada pelo surgimento de novas ameaças, incluindo de ataques que visam dados financeiros nos smartphones. A Google avança que  há cada vez mais cibercriminosos a aproveitarem o anonimato, fingindo ser programadores, para explorar a imagem de marcas conhecidas e lançar aplicações falsas que enganam os utilizadores.

De acordo com dados de uma recente análise, a quantidade de malware vinda de fontes externas, como lojas não oficiais, é 50 vezes superior ao número de ameaças encontradas em apps disponíveis na Play Store.

Segundo o calendário definido pela Google, a fase de acesso antecipado vai começar em outubro deste ano, com convites enviados aos developers de maneira faseada. Já em março do próximo ano, o processo de verificação passa a estar aberto a todos os programadores de apps para Android.

Em setembro, a medida vai começar a ser implementada nos países mais afetados por esquemas fraudulentos com aplicações maliciosas, incluindo Brasil, Indonésia, Singapura e Tailândia. A partir de 2027, as regras passam a ser aplicadas a nível internacional.

A Google afirma que, mesmo com a implementação da nova medida, os programadores "vão continuar a ter a mesma liberdade para distribuir as suas aplicações diretamente para os utilizadores através de sideloading ou para recorrer a qualquer loja de apps da sua preferência", acrescentando que partilhará mais informação ao longo dos próximos meses.