No próximo dia 14 de setembro, vai realizar-se a primeira viagem de condução autónoma 5G transfronteiriça, entre Portugal e Espanha. O shuttle autónomo vai realizar testes na Ponte Internacional de Valença-Tui e nas instalações do Centro Tecnológico de Automação da Galiza. O objetivo do projeto é demonstrar o valor do 5G na mobilidade autónoma conectada (CAM) em condições transfronteiriças.

Durante o evento vão ser apresentados os resultados e conclusões do projeto, assim como a possibilidade de os presentes participarem nas demonstrações ao vivo que vão ser realizados em torno da condução autónoma conectada. Os resultados serão mostrados a partir das 8h30 (hora portuguesa) no Teatro Municipal de Tui, contando com os autarcas de Tui e Valença. As demonstrações com o shuttle autónomo começam às 10h00 na ponte e às 14h00 nas instalações do CTAG.

O projeto 5G-MOBIX tem como base um consórcio composto por 58 parceiros oriundos de 13 países da União Europeia, a Turquia, China e Coreia do Sul. A iniciativa foi financiada pela União Europeia e tem como objetivo demonstrar os benefícios do 5G nos serviços e funcionalidades do CAM, neste caso para condições transfronteiriças. O seu desenvolvimento visa favorecer zonas com baixa densidade populacional e criar-se corredores 5G, impulsionando a mobilidade autónoma conectada.

Procurando resolver problemas relacionados com a conectividade, o projeto procura desenvolver soluções não só para a indústria automóvel, como telecomunicações, serviços industriais, tecnologias de informação, assim como I&D e autoridade pública. No caso do CAM, além de Portugal e Espanha, foram criados oito testes em diferentes cenários desafiantes, com respetivos use cases, sejam urbanos, autoestrada e transfronteiriços, não só na Europa como na Ásia.

O projeto será encerrado no dia 30 de setembro e na demonstração do Tui-Valença contará com as operadoras Telefónica e NOS, a representar Espanha e Portugal, respetivamente. As infraestruturas dos dois lados ficam a cargo da Nokia Portugal e Espanha. O veículo conectado ficou a cargo do Instituto de Telecomunicações e A-to-Be.