Este fim de semana foram divulgados os resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, com 43.899 novos estudantes a assegurarem um lugar na universidade. Das 55.292 vagas colocadas a concurso, sobraram 11.513, um valor que representa um aumento de 130,4% em relação à mesma fase em 2024. Do lado da tecnologia, quais são os cursos com mais vagas que transitam agora para a 2.ª fase do concurso?

A Informática é, aliás, uma das áreas com mais vagas por preencher. De acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES), de um total de 1.900 lugares a concurso, sobraram 836, com 1064 novos alunos colocados em cursos nesta área.

Já a área de Engenharia e Técnicas Afins afirma-se como a área com mais vagas sobrantes, com 2.716 lugares ainda por preencher. Note-se, no entanto, que esta foi também a área com mais vagas colocadas a concurso, num total de 10.241 lugares, tendo sido colocados 7.529 novos alunos.

Ensino Superior | Resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso
Ensino Superior | Resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso Creditos: DGES

Olhando para os cursos na área da tecnologia, o de Engenharia Informática na Escola Superior de Tecnologia e de Gestão de Bragança do Instituto Politécnico de Bragança, é aquele com mais vagas por preencher, num total de 98. Neste curso foram colocadas a concurso 108 vagas, mas apenas 10 alunos asseguraram um lugar, com o último colocado a contar com uma média de 14,5.

Ensino Superior | Cursos tecnológicos com mais vagas
Ensino Superior | Cursos tecnológicos com mais vagas Cursos tecnológicos com mais vagas por preencher na 1.ª Fase do concurso de acesso ao Ensino Superior créditos: Fonte: DGES/MECI | Créditos: TEK Notícias

A Engenharia Informática surge mais cinco vezes no Top 10 de cursos tecnológicos com mais vagas por preencher, incluindo na Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e em vários Institutos Politécnicos em Castelo Branco, Guarda, Tomar e Beja.

No caso do curso de Informática de Gestão da Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém, do Instituto Politécnico de Santarém, foram disponibilizadas 64 vagas, mas não houve colocação de alunos na 1.ª fase do concurso.

Entre Ciências da computação e Engenharia de Redes e Sistemas de Computadores, incluem-se ainda cursos como o de Design de Jogos Digitais na Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela, do Instituto Politécnico de Bragança, com 38 vagas.

Já o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto Politécnico da Guarda, ficou com 34 vagas por preencher na 1.ª fase. Em outros cursos nesta área, em instituições como a Universidade de Évora ou Universidade da Beira Interior, as vagas não ultrapassaram as 20, sobrando 17 no primeiro caso e 13 no segundo.

Como funciona a 2.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior?

A DGES explica que, além dos lugares por preencher na 1.ª fase, são colocadas a concurso as vagas sobrantes em que não foram feitas nem matrículas nem inscrições, “com exceção das vagas adicionais criadas nos termos do regulamento do concurso nacional de acesso”.

A elas juntam-se as vagas libertadas em consequência “da recolocação na 2.ª fase de estudantes colocados na 1.ª fase” e de “de retificações na colocação na 1.ª fase”, além das  “vagas adicionais criadas nos termos do regulamento do concurso nacional de acesso” e daquelas que, “até ao início da seriação dos candidatos, sejam utilizadas no atendimento de reclamações”.

Os candidatos que não foram colocados na 1.ª fase ou que não conseguiram apresentar-se à mesma podem concorrer à 2.ª, indica a DGES. O mesmo se aplica aos candidatos que foram colocados, mas que queiram concorrer de novo ou que “não procederam à respetiva matrícula e inscrição”. De acordo com a informação partilhada, também estão contemplados os “os estudantes que só reuniram as condições de candidatura após o fim do prazo de apresentação das candidaturas à 1.ª fase”.

Note-se que as candidaturas para a 2.ª fase já estão abertas desde o dia 25 de agosto, terminando no dia 3 de setembro, com os resultados a serem divulgados a 14 de setembro.

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Recorde-se, que na 1.ª fase do concurso, o curso de Engenharia Aeroespacial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto volta a liderar as médias de entrada na Universidade. A nota de colocação mínima mais alta foi de 19,43 valores.

Embora o número de novos estudantes colocados na 1.ª fase tenha representado uma diminuição de 12,1% em comparação com ano passado, a taxa de colocação subiu 4 pontos percentuais, passando para 90,1%.

63,1% dos estudantes foram colocados na sua primeira opção e 90,9% numa das suas três primeiras opções de candidatura. Na 1.ª fase apresentaram-se a concurso 48.718 candidatos válidos, representando uma diminuição de 16,4% face à mesma fase do ano anterior. Não foram considerados "1.062 candidatos excluídos do concurso por não reunirem condições para o mesmo", indica a DGES.