No final de julho, o Governo anunciou as primeiras medidas de Reforma do Estado. As medidas, aprovadas em Conselho de Ministros, prevêem a reestruturação da Agência para a Modernização Administrativa. 

Numa nota publicada no site oficial da Presidência é detalhado que Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o "diploma que reestrutura a Agência para a Reforma Tecnológica do Estado, I.P. (antiga Agência para a Modernização Administrativa, I.P.)".

Anteriormente, Gonçalo Matias, Ministro da Reforma do Estado, já tinha afirmado que esta se trata de "uma reestruturação com a maior relevância , porque permitirá "criar uma figura nova", a função de diretor de Sistemas e Tecnologias de Informação da Administração Pública. 

O cargo, descrito como um CTO (Chief Technology Officer) do Estado que será eventualmente anunciado, tem como função a "liderança centralizada da transformação tecnológica do Estado", além de uma colaboração transversal com toda a Administração Pública, garantindo a interoperabilidade total de sistemas.

Governo mexe em várias estruturas com Reforma do Estado: Agência para a Modernização reestruturada e FCT extinta
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"Só com essa interoperabilidade é que será possível esta comunicação entre sistemas e será possível cumprir o princípio 'só uma vez'", destacou Gonçalo Matias.

O conjunto de medidas anuncaidas pelo Governo tem como "objetivo central simplificar a vida dos cidadãos e das empresas" e, com isso, promover a competitividade económica do país, a atração de investimento a criação de riqueza, assim como "o bem-estar dos cidadãos nas suas relações com o Estado e diversos departamentos", afirmou o ministro.

Para "tornar o Estado mais eficaz e eficiente", a digitalização e simplificação de processos desempenhará um papel relevante. Nas palavras de Gonçalo Matias, a segunda área torna-se mais prioritária do que a primeira: "de nada serve digitalizar um processo que é antiquado e que já não responde às necessidades da atualidade", defendeu.

A reforma de Estado vai operar a dois níveis, primeiro na orgânica dos minstérios e, depois, na transformação organizacional. A primeira fase de reformas é encabeçada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação.