
A Asus tem computadores portáteis para todos os tipos de trabalho, tamanhos, designs e capacidades. Por vezes é difícil de escolher um modelo da marca, entre as ofertas para gaming, trabalho profissional ou executivos em movimento. Até porque existe uma tendência em fundir no mesmo portátil diferentes necessidades. Mas há algo de especial neste Zenbook A14, um portátil Copilot+ que tem foco primário: andar com ele no “bolso” para qualquer lado.
Este é provavelmente uma das primeiras escolhas para quem precisa de estar sempre a consultar emails, produzir textos, pesquisar informação online (ou através de IA), mas que na hora de o arrumar na mochila não sente o seu peso. Este é território do Mac Air da Apple em versão Windows em termos de composição e design, embora o seu processador Snapdragon X da Qualcomm continue a demonstrar as limitações de um chip baseado em Arm no que diz respeito às compatibilidades com as apps desenhadas para X86.
Leve que nem uma pena para transportar para todo o lado
O Zenbook A14 é um portátil com acabamentos refinados e um design minimalista, mas apelativo, sobretudo para quem procura um ultraleve. O modelo pesa apenas 980 gramas, provavelmente um dos mais leves Copilot+ com ecrã de 14 polegadas disponíveis no mercado. Em comparação, um Apple Book Air de 14 polegadas tem 1,450 kg. E é aqui que ele se destaca como uma proposta a ter em conta, caso não necessite de uma máquina para trabalhos exigentes.
Veja na galeria fotos do Asus Zenbook A14:
A fabricante construiu este Zenbook A14 em Ceraluminum, um novo tipo de material composto por cerâmica e alumínio, que a Asus diz ser 30% mais leve, mas ao mesmo tempo três vezes mais resistente que o habitual alumínio anodizado utilizado em outros portáteis da marca. Além de resistente a riscos, que poderiam ser um problema quando transportado na mala com outros objetos, como chaves ou carteiras, este tem ainda resistência às dedadas, não ficando marcas de impressões digitais na tampa. E por falar em tampa, mesmo sendo leve, esta abre apenas com um dedo, sem esforço.
O modelo tem um tom cinzento esverdeado, lembrando os camuflados militares, mas que lhe dá um toque de classe, sobressaindo-se o logotipo em metal na tampa. A moldura em torno do ecrã é bastante fina, o que permite ter um ecrã generoso de 14 polegadas, num chassis que por norma seria para um display de 13. O ecrã abre a uma curvatura máxima de 100º, através de uma dobradiça que parece bastante resistente, cobrindo a maior parte do chassis.
O ecrã tem uma boa qualidade de imagem, um bom brilho e cor. No entanto tem demasiados reflexos quando se trabalha perto de uma janela ou ao ar livre. A fabricante deveria ter considerado um sistema de display capaz de minimizar os reflexos, uma vez que se trata de um modelo para ser usado em movimento.
Veja o vídeo:
O teclado (bem) retroiluminado oferece um sistema de chiclete bastante confortável, com espaçamento entre as teclas. Já vi modelos maiores com as teclas mais amontoadas do que este pequeno modelo e ainda consegue isolar as teclas de cursor, um aspeto que falha frequentemente nos portáteis mais recentes. A tecla de atalho ao Copilot abre de imediato a aplicação de inteligência artificial para começar a trabalhar, como seria de esperar, à semelhança de outros computadores desta família de IA.
Relativamente à conectividade, o portátil tem no lado direito uma única porta USB-A, reservando à esquerda duas entradas USB-C com Thunderbolt 4, com capacidade de transferências a 40 Gbps. Tem também entrada HDMI para ligar a um monitor externo ou televisor, assim como jack 3,5 mm para auscultadores. São poucas opções de ligação, pelo que será necessário um hub USB, caso pretenda ligar mais periféricos, até porque o portátil carrega via USB-C, acatando com as normas de carregamento único da União Europeia, o qual agradecemos, mas que significa uma porta a menos para usar enquanto estiver à carga.
Inteligência artificial otimiza autonomia
Um dos melhores aspetos desta proposta da Asus é realmente a prontidão para começar a trabalhar. Abre-se a tampa e basta introduzir as credenciais de autenticação, demorando meros instantes para retomar o trabalho. É uma das características destes processadores Snapdragon X, numa experiência semelhante a um MacBook.
A inteligência artificial é utilizada para ajudar nos trabalhos e projetos, como seria de esperar. Mas a Asus está a usar a tecnologia para ajudar a otimizar o sistema e é isto que esperamos nas máquinas de geração IA. Veja-se a bateria que é otimizada pela inteligência artificial para durar mais tempo. A Asus vende a máquina como capaz de durar 32 horas, mas nos testes confirmamos que esta dura pelo menos um dia todo ligado a correr vídeos do YouTube.

Obviamente que a autonomia desta bateria de 70 Wh, como em qualquer máquina, depende do uso e carga de esforço que se fizer, mas já ficamos contentes se esta durar apenas metade dos valores prometidos, o que por si é superior a qualquer portátil de trabalho pré-Copilot+.
Este seria um portátil que pessoalmente arriscaria sair de casa sem o seu carregador, ainda com a segurança de que qualquer power bank ou encosto com um carregador de smartphones me iriam safar numa situação de emergência de energia.
A Asus já tinha explicado que o portátil tem uma nova solução térmica, usando duas ventoinhas e um heatpipe para manter o portátil arrefecido. E sem dúvida que se trata de um modelo silencioso, não se ouve praticamente o seu funcionamento durante a utilização, nem notei que alguma vez tivesse aquecido nos testes. O próprio material das tampas ajuda a oferecer um toque sempre fresco, agradável quando se escreve, por exemplo.

Tal como outros sistemas Windows 11, tem integrado ferramentas como o Windows Phone Link e neste caso o Snapdragon Seamless para poder gerir as chamadas e notificações no portátil. Embora dispense esta funcionalidade, uma vez que temos sempre à mão o smartphone, facilita a transferência de ficheiros do telefone para o portátil. Também pode usar o smartphone como webcam, caso necessite de aumentar a qualidade de imagem numa videoconferência. A moldura, apesar de muito fina, consegue no topo albergar a pequena webcam.
E por falar em webcam, além da habitual autenticação via reconhecimento facial do Windows Hello, o sistema é reforçado pela sua capacidade de inteligência artificial com infravermelhos. O sistema Adaptive Lock e Adaptive Dimming ajudam a trancar o PC quando se afasta dele, escurecendo a imagem. Quando regressa, este volta a ligar-se sem a necessidade de autenticação caso reconheça o utilizador. O chip Microsoft Pluton aumenta a segurança do portátil.
Veja imagens oficiais:
Apesar de pequeno, o portátil oferece um bom sistema de som, com elevada qualidade. Isso deve-se à tecnologia Snapdragon sound, capaz de oferecer áudio de alta resolução a 24-bits e a 192 kHz, segundo a Asus. Não se trata de uma configuração afinada pela Harman Kardan ou a excelência de um Dolby Atmos, mas para o seu tamanho a qualidade é boa.
O Asus Zenbook A14 é um portátil que aposta na portabilidade, na autonomia da bateria e nas funcionalidades de IA via Copilot+. Não é um portátil para profissionais gráficos ou sequer para gaming, mas para os trabalhos do dia-a-dia pode ser uma excelente opção a considerar. Ainda assim, o preço a pagar pela comodidade é de 1.299 euros. Com este orçamento consegue outro tipo de portáteis para trabalhos mais exigentes.
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