Por Amaya Souarez (*)
À medida que as organizações em todo o mundo enfrentam custos energéticos crescentes e uma recessão iminente, nunca foi tão crucial que maximizem a eficiência e desenvolvam resiliência.
A incerteza é um tema corrente; no entanto, muitas das questões do amanhã podem ser resolvidas de forma preventiva através da tecnologia que temos hoje. As PME mais digitalizadas já estão a beneficiar de eficiência e automação, que lhes proporcionam os insights necessários para implementar uma estratégia sempre preparada para o futuro.
Crescer através da eficiência
No geral, os processos comerciais manuais são lentos. Contudo, a ineficiência custa tempo, dinheiro e clientes, o que se exacerba no clima económico agreste em que vivemos.
O dia a dia das empresas assenta em dezenas de processos, e muitos líderes não sabem que podem trabalhar de forma diferente com fornecedores, clientes e colaboradores para criar eficiências que reduzem tempo, risco e desperdício e ainda proporcionam vantagens competitivas. Muitos dos processos manuais que as PME atualmente empreendem podem ser digitalizados e automatizados – desde a marcação de férias à criação de orçamentos ou à gestão das relações com os fornecedores.
Quando as PME aproveitam a oportunidade de integrar a digitalização em pontos do negócio que não seriam, à partida, expectáveis, descobrem eficiências. A automação dos processos manuais mais básicos pode ter um impacto considerável, deixando espaço para pensar em oportunidades de crescimento e manter-se à frente da concorrência.
Dizer adeus às conjeturas
Embora os proprietários de PME sejam frequentemente especialistas no seu mercado, tomar decisões sobre como se tornar mais eficientes com base apenas na intuição não é uma estratégia sustentável – especialmente hoje em dia, em que muitos fatores externos afetam o sucesso.
Quer estejam à procura de eficiências nos processos, de compreender melhor as necessidades dos clientes ou de combater os custos crescentes ou os desafios da cadeia de abastecimento, as PME podem utilizar a tecnologia para aceder a conhecimentos em tempo real que as ajudem a tomar decisões informadas, mais cedo e mais rapidamente.
Ligar todos os processos empresariais através de sistemas digitais de planeamento, desde a cadeia de abastecimento à gestão da relação com os clientes, passando pelo inventário e pelos RH, reúne todos os dados cruciais do negócio num sistema constam os insights necessários para tomar decisões, com toda a informação que permite gerir o negócio de forma mais eficiente.
Um exemplo prático? Os meses de inverno são muito movimentados para os retalhistas. Os períodos de descontos da Black Friday e da Cyber Monday são uma tendência crescente, com muitos consumidores a esperar até essa altura para fazer compras.
Ao automatizarem a gestão do inventário, os retalhistas podem assegurar que têm os produtos certos em stock para satisfazer a procura dos clientes, com insights instantâneos sobre a disponibilidade e as tendências de compra, não tendo de procurar a informação manualmente. Também podem definir níveis mínimos de reabastecimento, ser alertados em caso de ruturas de stock, saber os produtos mais vendidos e garantir que inventário em excesso não atinge o prazo de validade antes de ser vendido.
Esta capacidade de ver as tendências do inventário de forma instantânea fornece os dados necessários para tomar decisões informadas sobre potenciais descontos, ofertas e incentivos. Ao mesmo tempo, permite aos retalhistas concentrar-se na prestação de um serviço de excelência ao cliente, utilizando todos os dados digitais ao seu alcance para assegurar que as necessidades são satisfeitas de forma eficiente.
Reduzir o impacto da crise energética
Com as faturas energéticas cada vez mais elevadas, qualquer PME com um espaço físico, seja uma loja ou escritório, deve preparar-se para o inverno. A automação pode ajudar a impulsionar a eficiência energética – por exemplo garantindo que a iluminação, o aquecimento ou outras infraestruturas intensivas em energia são desligados quando não estão a ser utilizados. Igualmente, com o trabalho à distância cada vez mais omnipresente, podem considerar a utilização de mais tecnologias de trabalho digital, não tendo a necessidade de utilizar o escritório durante toda a semana.
A automação não se resume aos processos internos. Trata-se também de procurar formas de mitigar os fatores externos sobre os quais se tem menos controlo. Isto inclui questões como a energia e atrasos na cadeia de abastecimento, sendo possível utilizar tecnologias digitais para se ligar a fornecedores globais e assegurar uma gestão de parcerias próxima e eficiente.
Não é demasiado tarde para “apanhar o comboio”
Para as PME, o trabalho de casa deste ano tem sido avaliar o negócio num contexto mais amplo. As que têm melhores notas são as que sabem que dados têm disponíveis, como podem utilizá-los e onde podem ganhar com a utilização da tecnologia.
Para quem tenha iniciado o seu planeamento de forma mais tardia, tentar “apanhar o comboio” pode não ser tão difícil quanto automatizar-se ou digitalizar-se em grande escala. O melhor é procurar alguns pontos cruciais do negócio e perceber de que forma é que a tecnologia e o digital podem agilizar os processos de forma rápida e fácil, melhorar a experiência do cliente e poupar tempo, dinheiro e energia em toda as áreas!
(*) EVP, Cloud Operations & Product Engineering, Sage
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