Por Felicidade Ferreira (*)

Portugal tem aderido fortemente a diversas tradições com origem nos EUA ao longo da última década. Mas poucas terão tido um impacto tão profundo como a Black Friday.

Se ao ler as notícias de um ano tão longínquo como 2010, encontramos referências à “moda” a que um conjunto de lojas e alguns clientes aderiam, hoje, um estudo promovido pela NetSonda revela que, em 2024, 90% dos portugueses afirma ter a intenção de comprar na Black Friday. Estas compras tanto ocorrerão em loja física (43%) como exclusivamente online (38%), sendo este último valor o mais elevado desde 2020, ano de pandemia. Ou seja, a data tornou-se uma “instituição” do calendário comercial das empresas, expandida até, por vezes, em semanas em modo “black”.

Para os negócios, trata-se de um teste importante à sua organização, à gestão de stocks, e à capacidade de resposta a picos de pedidos. No ponto de venda físico, é importante ter um sistema que ajude a efetuar previsões de procura, para garantir que não há escassez de artigos nem excesso de inventário que pode ficar a desvalorizar em stock. Nas plataformas de e-commerce, o processo é semelhante, acrescentando a possibilidade de ter centenas ou milhares de pedidos em simultâneo, testando a capacidade de performance das plataformas em situações que exigem a faturação de múltiplos pedidos ao mesmo tempo, garantindo o cumprimento de todas as regras legais e fiscais de faturação e a satisfação do cliente.

Para todas as plataformas de e-commerce, não haverá pesadelo maior do que um sistema de faturação que simplesmente bloqueia numa altura tão critica para o negócio para esta época da Black Friday ou Black Week.

O esforço necessário para responder a datas comercialmente estratégicas como a Black Friday, constitui uma verdadeira oportunidade para o crescimento financeiro e tecnológico das empresas. De acordo com o estudo da blackfriday.pt, em Portugal, nesta ocasião, deverão ser movimentados entre 130 a 140 milhões de euros. Um importante encaixe financeiro, que melhora a faturação, e que pode ser base de uma modernização tecnológica duradoura, capaz de impulsionar a expansão dos negócios em escala e desempenho.

Faturação eletrónica, conformidade legal e agilidade garantidas

Em tempo de business as usual, a faturação tradicional, assente em documentos impressos, já é pouco eficiente. Nas épocas como a Black Friday, esta “tradição” pode tornar-se um verdadeiro obstáculo a uma época de vendas bem-sucedida.

Dotar-se de soluções que permitam a fatura eletrónica, seja nas lojas físicas através da integração com o sistema de vendas ao balcão, o PoS, seja nas vendas online, é, hoje, a única forma realmente ágil de tratar dos processos de faturação, com envio automático de faturas, em conformidade com os requisitos legais e fiscais, garantindo processos práticos para o cliente e rapidez e eficiência administrativa do lado de quem vende.

Para que a Black Friday não se transforme efetivamente num dia negro para os negócios, a peça-chave é sem dúvida uma solução de faturação robusta, preparada para situações de picos de procura, que assegure elevados níveis de performance.

(*) Diretora da Unidade de Negócio Pequenas e Médias Empresas em Portugal e Cabo Verde da Cegid