Portugal prepara-se para receber mais cabos submarinos internacionais nos próximos três anos

“A seguir ao [cabo submarino] EllaLink, há mais cabos submarinos internacionais a preparar a sua instalação em Portugal, nos próximos três anos: Equiano, da Google, 2África, do Facebook, e Medusa, da AFR-IX”, afirmou Hugo Santos Mendes, secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.

O governante falava, através de videoconferência, na abertura do Encontro sobre Geoestratégia do Ecossistema Digital em Sines na Transição Digital Europeia e Mundial, que está a decorrer no Centro de Negócios da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), no distrito de Setúbal.

Hoje foi anunciado que o Medusa, da AFR-IX, se prepara para trazer mais 480 terabits para Sines, um investimento com financiamento do BEI e um orçamento de 326 milhões de euros, mas também que a IP Telecom pretende reforçar a conetividade nos próximos três anos.

“Também estamos muito satisfeitos com os investimentos já assumidos para a instalação de Data Centers em Portugal, principalmente, o maior Data Center da Europa, alimentado por energia renovável, que será construído em Sines nos próximos anos, conhecido por Start Campus”, frisou. Estes investimentos estão em linha com a estratégia europeia para um Data gateway, e Portugal tem uma posição privilegiada devido à localização geográfica, funcionando como um eixo de ligação a África e América Latina mas também na conetividade Este/Oeste.

De acordo com Hugo Santos Mendes, para manter esta tendência de investimentos, o Governo tem “de continuar a melhorar a competitividade” do país na área do digital.

EllaLink: cabo submarino de alta velocidade está em pleno funcionamento

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Para isso o governante, compromete-se “a simplificar e tornar mais transparente os licenciamentos para os cabos submarinos que cruzam a Zona Económica Exclusiva, concentrando toda a informação num único portal digital onde investidores e parceiros podem facilmente interagir com as autoridades”, anunciou.

“Acreditamos que com esta melhoria, Portugal será capaz de explorar de forma mais eficiente a sua posição única e contribuir para a porta atlântica digital da União Europeia”, concluiu.

A conferência, organizada pela comunidade Sines Tech e aicep Global Parques, conta com a participação “de todos os players da área dos cabos submarinos”, referem os promotores.