O braço-de-ferro entre as operadoras de telecomunicações e as entidades reguladoras dos Estados Unidos sobre o lançamento do 5G tem um novo capítulo. Com data marcada para o início das operações da quinta geração móvel este dia 5 de janeiro, depois de um primeiro adiamento de um mês concedido à FAA, as operadoras haviam recusado um novo atraso. A entidade reguladora dos transportes pediu mais tempo às operadoras de telecomunicações para investigar os efeitos que o 5G têm nos componentes eletrónicos dos aviões e aeroportos.
O Departamento de Transportes e a Administração Federal de Aviação publicaram uma carta a pedir às operadoras mais duas semanas de adiamento sobre o dia 5 de janeiro para mais investigações. Com a festa de lançamento marcado para a madrugada dessa quarta-feira, as operadoras recusaram o adiamento, mas estavam dispostas a criar zonas de exceção em torno dos aeroportos, baseado no que se fez em França.
Hoje foi revelado o acordo entre as diversas partes, levando ao cancelamento das operações do dia 5, sendo o serviço novamente adiado por mais duas semanas, como solicitado pelo regulador. Em declarações, a Verizon afirma que concordou adiar o lançamento do serviço para ajudar a trazer uma maior certeza ao país sobre os efeitos do 5G.
A AT&T teve um discurso semelhante, acrescentando que mantém o seu compromisso de criar as zonas de proteção de alguns aeroportos durante seis meses para mitigar possíveis problemas de interferência. A empresa destaca da certeza de que a segurança na aviação e o 5G podem coexistir, estando confiante que uma maior colaboração e novas avaliações técnicas vão ultrapassar quaisquer problemas.
Em declarações ao The Verge, a FAA deixa um agradecimento às operadoras por concordarem de forma voluntária o pedido, destacando que a segurança é o núcleo da sua missão e isso guia as suas decisões. O objetivo é utilizar este tempo adicional para reduzir as disrupções nos voos associados ao lançamento do 5G. Adiantou ainda que o acordo das zonas de exclusão, à semelhança de vários países na Europa, vai avançar, por um período de seis meses em 50 aeroportos nos Estados unidos.
Segundo explicou a FAA, o problema técnico que está a obrigar ao adiamento está no receio que o sinal 5G possa interferir com a precisão do altímetro de rádio dos aviões, no caso de não serem introduzidas soluções de mitigação. Estes altímetros são essenciais para as aterragens automáticas. A reguladora afirma que as mudanças feitas podem ter impacto na segurança e afetar o fluxo das viagens.
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